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Adolescente é atingido por 14 facadas, jogado de barranco do Rio Juruá e se finge de morto para sobreviver

Um adolescente de 14 anos foi socorrido, nesta terça-feira, 22, após levar 14 facadas e ser jogado de um barranco com cerca de cinco metros no Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul. Segundo a polícia, o rapaz se fingiu de morto para sobreviver.

O crime ocorreu por volta das 23h de segunda-feira, 21, e o rapaz foi encontrado por populares às 6h de terça. A informação é de que, para que os suspeitos não descobrissem que ele estava vivo, ele acabou não gritando por socorro e esperou cerca de sete horas para ser encontrado.

O crime ocorreu no bairro da Várzea, área conhecida como Porto do Abraão. A polícia foi acionada e chamou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Como o rapaz estava em uma área de difícil acesso, no Rio Juruá, o Corpo de Bombeiros precisou fazer o resgate.

O médico Marlon Holanda, que atendeu o adolescente no Hospital do Juruá, informou que ele passou por uma cirurgia e segue internado em estado estável. Segundo Holanda, o menino teve ferimentos na região do pescoço e do tórax e passou por cirurgia, que durou cerca de uma hora.

“Ele deu entrada na terça [22] trazido pelo Samu, vítima de múltiplos ferimentos de arma branca na região do pescoço e tórax. Ao todo, foram 14 ferimentos, sendo que uma facada chegou a atingir o pulmão. Foi conduzido ao centro cirúrgico, onde foi realizada drenagem do tórax de um lado e cirurgia no pescoço que tinha uma lesão de uma veia. O paciente está estável e sem risco de morte no momento”, disse o médico.

Crime foi filmado

O delegado que investiga o caso, Alexnaldo Batista, conversou com o adolescente e com a família dele e foi informado de que, durante todo o momento, o ato de violência contra o rapaz foi filmado. Segundo ele, o menino relatou que eram três homens, um estava com um revólver e os outros dois com facas.

O menor contou ao delegado que foi atraído por amigos para uma conversa e acabou sendo rendido pelos suspeitos. A informação é de que os criminosos achavam que o adolescente fazia parte de uma facção rival.

A Polícia Civil, tão logo tomou conhecimento dessa tentativa de homicídio, com requinte de crueldade, imediatamente iniciou as investigações. Nos dirigimos ao Hospital do Juruá, conversei com os familiares e com o próprio menor que está falando com muita dificuldade. Eles o atraíram para aquela região e o renderam, fizeram o julgamento desse menor e decretaram sua morte”, disse o delegado.

O delegado afirmou que os criminosos tentaram decapitar o adolescente e pensaram que ele estava morto quando o jogaram do barranco no rio. De acordo com Batista, a vítima não reconhece nenhum dos homens envolvidos no crime.

“Infelizmente, ele não tem muita informação de quem estava ali naquele local, alega que estava muito escuro, que não reconheceu ninguém. Todas as agressões foram filmadas. Ele relatou que percebeu que estavam filmando. A polícia tem a informação de que eles saíram de lá pensando que o rapaz estava morto. Graças a Deus esse menor não veio a óbito e está no hospital se recuperando”, afirmou o delegado.

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