O líder do PT na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen, explicou durante sessão desta terça-feira, 1º, sua exoneração do cargo de gestor no governo. O mesmo era concursado desde o ano de 2006. O parlamentar, em 2016, classificado para o concurso de professor na Universidade Federal do Acre (Ufac), recentemente foi convocado para ocupar o posto.
“A exoneração do governo foi feita a meu pedido, pois tomei posse no cargo de professor da Ufac. No dia 18 de agosto pedi afastamento da Aleac e no dia 20 fui empossado na Universidade. No dia 24 do mesmo mês entrei com uma solicitação para afastamento do cargo para exercício do mandato eletivo. Hoje, retorno às minhas atividades parlamentares”, explicou.
O parlamentar se posicionou acerca das 340 exonerações feitas pelo governador Gladson Cameli (PP), que na semana as tornou sem efeito. De acordo com ele, o chefe do Executivo deu várias justificativas para as demissões e não conseguiu sustentá-las. Dentre as explicações, a de que o gasto com pessoal na folha de pagamento do Estado havia alcançado seu limite e também que muitos dos exonerados não estariam cumprindo devidamente suas funções.
“O governador disse que não era retaliação pela derrubada dos vetos. Disse que a folha de pagamento do Estado havia ultrapassado seu limite de gastos. Falou ainda que as pessoas que foram exoneradas não trabalhavam, não cumpriam suas obrigações. Agora ele vem e renomeia todo mundo. Ou o governo mentiu sobre as justificativas anteriores, ou prevaricou”, disse.
Zen finalizou seu discurso questionando a motivação das recentes decisões do chefe do Executivo sobre exonerar e voltar a convocar servidores. Ele pede que o Ministério Público do Estado tome uma providência e investigue o fato.