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Venezuelanos pedem dinheiro e ajuda em ruas de Rio Branco

Novas famílias de venezuelanos voltaram a pedir ajuda nas principais avenidas e ruas de Rio Branco, desde a semana passada. Os imigrantes fizeram cartazes em papelões e cartolinas com mensagens de apelo à solidariedade. Os pontos em que mais estão pedindo são os semáforos da Avenida Antônio da Rocha Viana, perto do IML, e na Avenida Ceará, próximo à Agroboi.

Os venezuelanos são poucos e estão circulando em pequenos grupos. Mas chama atenção o fato de que alguns estão com crianças pequenas, inclusive, algumas de colo, nas horas em que pedem dinheiro nos semáforos.

Quando chove, ficam onde conseguem achar abrigo.

Ao contrário do fluxo migratório de haitianos e estrangeiros de alguns países africanos (senegaleses, bengaleses, etc), em anos anteriores, no caso dos venezuelanos não há ajudas específicas de instituições governamentais, nem qualquer tipo de abrigo público foi montado para eles. Apenas a Igreja Católica, através de determinadas iniciativas espontâneas, e entidades filantrópicas lhes prestam algum amparo.

A recessão que assola a Venezuela começou desde 2013, com ascensão ao poder do presidente Nicolás Maduro, e só vem se agravando. Trata-se de uma crise em todos os sentidos: política, social, econômica, democrática, e, sobretudo, humanitária. Segundo estimativas de entidades internacionais, como a ONU, mais de 3 milhões de pessoas já deixaram o país e buscam uma vida melhor em outros Estados internacionais, principalmente na América do Sul, pela questão geográfica e devido à cultura e idioma mais próximos.

FOTO/ A GAZETA
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