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Após pedido da defesa, júri de Hildebrando Pascoal é adiado para maio de 2020

O julgamento do ex-deputado federal e coronel Hildebrando Pascoal foi adiado a pedido da sua defesa. A sessão do Tribunal do Júri da comarca de Parnaguá (Piauí), foi realizada nesta quarta-feira, 13, por videoconferência e com apoio do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).

A sessão foi suspensa após a defesa alegar que não recebeu, em tempo hábil, a cópia do processo de 11 páginas.

O novo julgamento foi marcado para o dia 19 de maio de 2020, no mesmo local. O juiz José Sodré Ferreira Neto determinou que seja nomeado um defensor público para não haver possibilidade de outro adiamento pelo mesmo motivo.

Além do coronel, o ex-policial Raimundo Alves, mais conhecido como “Raimundinho”, também participou da sessão do Júri. Ele está preso no Acre e também foi ouvido por videoconferência.

Entenda o caso

Em 2009, Hidelbrando Pascoal foi condenado pela morte de Agilson Firmino, o ‘Baiano’, caso que ficou conhecido popularmente como ‘Crime da Motosserra’. Firmino teria auxiliado na fuga de José Hugo Alves Júnior, suspeito de ter assassinado Itamar Pascoal, irmão do ex-deputado, após discussão em um posto de gasolina da Capital.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Piauí (MP-PI), em janeiro de 1997, Hildebrando Pascoal conseguiu localizar José Hugo em Parnaguá. Ele teria levado a vítima para o município de Formosa do Rio Preto-BA, onde teria torturado e assassinado José Hugo. O ex-deputado também teria sequestrado e cometido cárcere privado contra esposa e filhos da vítima.

O ex-deputado federal ficou em regime fechado desde o dia 22 de setembro de 1999 até 2016, quando recebeu o benefício de regime semiaberto por questões de saúde. Porém, em abril deste ano, Hildebrando foi condenado em outros dois processos na Vara de Execuções Penais. Assim, a pena dele foi somada novamente. A previsão é de que ele saia do regime fechado para o semiaberto em 26 de junho de 2029.

Ele é acusado de chefiar o “Esquadrão da Morte”, grupo de extermínio da década de 1990 que atuou no Acre. Além disso, foi condenado por corrupção eleitoral, tentativa de homicídio e por tráfico. Somadas, suas penas totalizam mais de 100 anos de prisão.

A Gazeta do Acre: