Após a renúncia do presidente da Bolívia, Evo Morales, neste domingo, 10, a maioria das faculdades de medicina do país começaram a ministrar aulas online. As aulas presenciais foram suspensas ainda na semana passada, quando o clima de tensão pré-eleitoral tomou conta do país.
Vários incidentes foram registrados em cidades como La Paz, capital da Bolívia, e Santa Cruz. Contudo, em todo o país, o clima é tenso. Políticos tiveram suas casas incendiadas por apoiadores de Evo. A casa de um jornalista também foi queimada.
Também houve ataque a pátios de ônibus. Em uma das centrais, 33 veículos foram incendiados.
Depois da renúncia do presidente, a líder do Senado, Adriana Salvatierra, também renunciou ao cargo. Até o momento, não foi divulgado, oficialmente, quem assumirá o cargo. Uma nova eleição deve ocorrer no país.
Diante do cenário, o secretário de Segurança do Acre, coronel Paulo Cezar, recomendou aos acreanos que trabalham ou estudam na fronteira que evitem entrar em território boliviano.
“O ideal é evitar a entrada em território boliviano, tanto de estudantes ou como aqueles que trabalham nas cidades fronteiriças nos próximos dias até que essa situação volte à calma, volte ao estado de tranquilidade”, orientou.
Com o cenário de violência e incertezas no país vizinho, muitos acreanos retornaram para casa. Uma estudante, que preferiu não ser identificada, chegou a Rio Branco na última quinta-feira, 8. A jovem estuda em uma faculdade na cidade de Cobija.
“Ela só volta quando for resolvido. Estava entrando e saindo com muita dificuldade. Estavam sem aulas há mais de 15 dias. Ela começou a aula online hoje [segunda-feira, 10]. Em Cochabamba, meu irmão e a esposa dele também estão fazendo aula online, já estão quase terminando o curso”, disse.