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Estudantes se unem para protestar  contra assaltos a ônibus em Rio Branco

Só quem precisa de transporte coletivo sabe o clima de insegurança que vivem os passageiros. Só este ano, mais de 100 arrastões em ônibus foram registrados na Capital acreana. No período da noite, a situação é ainda pior.

Os estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal do Acre (Ifac) se uniram para protestar contra a onda de assaltos. Na próxima segunda-feira, 18, eles irão se reunir no Terminal de Integração da Ufac, às 17h.

Segundo o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufac, Richard Brilhante, os assaltos são rotineiros, sobretudo no período da noite. Na maioria das vezes, os crimes ocorrem no mesmo horário, local e na mesma linha de ônibus.

“A gente faz denúncias, a polícia se faz presente por um dia ou dois e depois desaparecem. A linha do Ifac, por exemplo, é uma das linhas que mais sofre assaltos. Semanalmente tem assaltos nos mesmos horários, mesmos locais e até pelas mesmas pessoas”.

Assim como relatado pelo estudante, na noite de quarta-feira, 13, o coletivo que faz a linha do Ifac sofreu mais um arrastão. Desta vez, o crime ocorreu nas proximidades do Horto Florestal.

“Já existe essa frequência, que é fruto do sentimento de impunidade. Não existe fiscalização dentro dos ônibus, nem segurança. Ficamos muito tristes de estarmos à mercê da própria sorte. Acredito que o poder público está esperando algum usuário de coletivo ser assassinado dentro do sistema para que seja tomada uma postura mais dura”, desabafou.

Além de protestar contra a onda de assaltos, os estudantes pedem oferta de mais ônibus para as universidades, um ônibus que faça a linha Calafate/Terminal de Integração da Ufac, e plantões da guarda municipal nos terminais de integração.

Por outro lado, o presidente do sindicato dos Motoristas e Cobradores, Francisco Marinho, afirma que as empresas têm trabalho em parceria com as Polícias Militar e Civil para coibir esse tipo de ação criminosa.

“Temos que ter calma. Se fazer um protesto e for resolvido, estava ótimo. Mas pelo que estamos vendo, não resolve. Vamos continuar trabalhado em conjunto com as polícias e a imprensa”.

 

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