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Privatização do Depasa deve aumentar preço da tarifa de água no Acre, diz sindicato

O governador Gladson Cameli declarou nesta quinta-feira, 28, que estuda a possibilidade de privatizar o Departamento de Pavimentação e Saneamento Básico (Depasa). Cameli disse que o órgão é uma “bomba relógio”, devido a problemas de causas antigas. Segundo ele, diversos recursos do governo e da bancada federal foram destinados ao órgão para a melhoria no abastecimento de água, mas sem resultados.

“Vamos fazer uma audiência pública para começar um processo de privatização. Não sou contra. Pretendemos fazer uma parceira, ou privatizar mesmo”, disse.

Contudo, a intenção de privatizar o serviço de saneamento básico anunciada somente agora já está com uma discussão bem avançada, segundo o Sindicato dos Urbanitários do Acre.

O presidente do sindicato, Marcelo Jucá, afirma que a privatização do órgão deve gerar vários problemas, inclusive o aumento na tarifa de água distribuída pelo Depasa.

“Somos contrários porque compreendemos que um serviço essencial, como a água, não pode ser passado para a iniciativa privada por várias consequências. Hoje é do Rio Acre que a água é tirada para ser tratada e distribuída na cidade. E, privatizando, como ficaria a questão do rio? Seria privado também? O preço da água em uma privatização vai subir muito mais do que subiu a energia elétrica”.

Ainda de acordo com Jucá, a privatização não vai melhorar o serviço prestado pelo Depasa, assim como prometido.

“Não é através da privatização que vamos resolver o problema de saneamento no Acre. A finalidade do Depasa sempre foi política, mas não para fazer o serviço de saneamento”.

Uma audiência pública será realizada nesta sexta-feira, 29, na Câmara Municipal de Rio Branco. A ideia é debater os riscos da privatização do saneamento básico.

 

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