O parto do quarto filho da jovem Maria Liberdade, de 22 anos, ocorreu na noite de segunda-feira, 4, dentro de uma rede da casa de sua mãe, na estrada do Ipepaconha, em Tarauacá. O procedimento foi realizado com a ajuda do Corpo de Bombeiros.
Segundo o major do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, Cláudio Falcão, a jovem é moradora de um seringal e teria ido para casa da mãe ao perceber que estava próximo a dar à luz.
“Ela entrou em trabalho de parto e não procurou a maternidade. Então, foi preciso uma intervenção rápida do Corpo de Bombeiros para fazer esse trabalho de parto. Logo após os procedimentos, ela foi encaminhada para a maternidade”, justifica.
Assim como Maria Liberdade, muitas mulheres que moram em locais de difícil acesso contam apenas com a ajuda dos bombeiros para auxiliar no momento do parto.
Ano passado, outro caso de parto ganhou destaque nos noticiários locais. Uma jovem de 18 anos deu à luz dentro de uma viatura do Corpo de Bombeiros enquanto estava a caminho do hospital. A ocorrência foi na zona rural do município Brasileia.
“Nos municípios que nós atendemos partos, nem sempre é pela falta de maternidade. Na realidade, é pela falta de acesso. Nós vamos muito no interior, nos ramais, na zona rural, e até na zona urbana em locais de difícil acesso”, explica.
Em 2018, o Corpo de Bombeiros atendeu aproximadamente 26 ocorrências de partos em todo o estado. A maioria ocorreu na região do Alto Acre em municípios como Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil, dentre outros. “São regiões muito comuns, principalmente na zona rural”, acrescenta o major.
Ainda de acordo com o major, o município que menos acontece esse tipo de ocorrência é em Rio Branco. Isto porque, a Capital possui poucos locais de difícil acesso e estrutura com maternidade.
Segundo relatório da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre), no Acre, existem três Maternidades, sendo duas em Rio Branco e outra em Cruzeiro do Sul.
Além disso, outras 17 unidades de saúde também funcionam como maternidades e atendem as demais regionais.