A libertação do ex-presidente Lula facilita o julgamento de um habeas corpus no qual a defesa de Lula sustenta que Moro, hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), atuou sem a imparcialidade necessária no processo do tríplex de Guarujá (SP), segundo aponta reportagem de Reynaldo Turollo Júnior e Thais Arbex na Folha de S. Paulo.
Esse é o julgamento de maior interesse da defesa hoje. “Além de restabelecer a liberdade plena de Lula, nos termos do que decidiu o STF, é preciso declarar a nulidade dos processos que a Lava Jato abriu contra ele, pois foram conduzidos por juiz parcial”, diz o advogado Cristiano Zanin Martins.
“Uma eventual anulação livraria o ex-presidente não só do cumprimento da pena e do pagamento da multa como também da inelegibilidade — que, nas eleições passadas, fez com que ele fosse enquadrado na Lei da Ficha Limpa e impedido de concorrer. O caso voltaria à estaca zero e teria de ser todo refeito”, aponta a reportagem.