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Edvaldo Magalhães diz que governo erra ao deixar o diálogo e ir para o confronto com os servidores

 O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), comentou a atitude do governo Gladson ao longo de todo o processo que envolve a reforma da previdência. O parlamentar enfatiza que a decisão de buscar a Justiça para impedir a greve dos servidores da Educação e o cerceamento ao direito de acompanhar a votação da reforma na última terça-feira (26) mostra um lado “autoritário do governo”.

“O governo se revelou nos últimos meses ser autoritário na relação política, antidemocrático com as manifestações contrárias e repressor quando a crise fica aguda. Caiu o véu da marca do diálogo, da conversa, da espontaneidade. A greve da Saúde foi a primeira sinalização, mas o processo da reforma da previdência foi o desnudar completamente da veia autoritária do governo”, disse o deputado acreano.

Edvaldo Magalhães, que acompanha o processo da reforma da previdência desde o início e participou de todas as discussões junto com os sindicalistas na Aleac, acrescentou que o governo cometeu um erro de uma magnitude muito profunda na vida do funcionalismo público, que foi impedir os servidores de acompanhar a votação da matéria na Assembleia.

“Procuraram tocar a reforma em dois dias. Montaram uma estratégia pra isso. Foram derrotados pela pressão dos servidores e pela resistência de alguns parlamentares da Assembleia. O desdobramento desse processo é conhecidos de todos com essa imagem final da votação do parlamento cercado por grades e sitiado pelas forças de Segurança para impedir o acesso dos servidores ao acompanhamento de uma votação que muda a vida dos próprios servidores. Portanto, nós temos, estamos convivendo com a etapa do governo Gladson que é a sua verve autoritária”, insistiu o deputado.

Por fim, o líder da oposição disse que “nós estamos acompanhando esse processo de forma atenta, fazendo toda discussão necessária e a denúncia necessária, também. Ao compor o governo, o governador não construiu um núcleo capaz de estar permanentemente dialogando com as crises. Não tem esse núcleo. E não tem esse núcleo simplesmente porque dentre as forças que o sustentam não existe essa tradição. Isso não tem importância, isso não tem relevância. Discutir com os diferentes não é da sua tradição”.

 

 

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