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Por segurança, Acre envia 20 militares da Tropa de Choque para fronteira durante protestos na Bolívia

Por segurança, Acre envia 20 militares da Tropa de Choque para fronteira durante protestos na Bolívia

O Comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Acre enviou, nesta sexta-feira, 8, 20 homens da Tropa de Choque para reforçar a segurança na fronteira do estado acreano com o país vizinho, Bolívia.

A Ponte da Amizade, na divisa do município de Epitaciolândia com a Cobija, e a Ponte Wilson Pinheiro, em Brasileia, estão fechadas desde a noite de terça-feira, 5. O grupo de bolivianos protesta contra a reeleição do presidente Evo Morales pelo quarto mandato consecutivo.

A travessia está sendo liberada para pedestres e, segundo a PM-AC, o movimento é pacífico do lado boliviano. Mas, o Ministério das Relações Exteriores e a Polícia Militar do Acre recomendam que brasileiros e turistas evitem viagens à Bolívia até que a situação esteja normalizada.

Os homens do Bope chegaram na fronteira ainda na manhã desta sexta. O repórter Jefson Dourado, da Rede Amazônica Acre, acompanhou a movimentação no acampamento dos bolivianos, montado na ponte da fronteira e também a chegada dos militares.

O capitão Rogério Silva, comandante da tropa do Bope, disse que a orientação, a princípio, é evitar que o conflito passe para o lado brasileiro.

“Neste momento, estamos aqui para manter a ordem na parte brasileira. Não viemos para tirar ninguém à força, até porque estão do lado da Bolívia, mas, a partir do momento que entrar na parte do Brasil, a gente vai fazer voltar pra lá. A situação hoje é da Bolívia, Bolívia que tem que resolver a situação deles lá e nós vamos fazer nossa parte do Brasil”, diz.

O capitão disse ainda que a tropa está conversando com a polícia boliviana, que traça medidas para que a ponte seja desocupada e a passagem liberada.

“A nossa presença é para que essa obstrução seja do lado da Bolívia. O Brasil é um país pacífico e não participa disso. Estão cerceando o direito dos bolivianos e dos brasileiros de ir e vir fechando isso aqui. Então, estava um pouco no limite do Brasil e nós viemos aqui pra que seja estabelecido uma ordem: eles do lado de lá e o lado do Brasil livre”, diz.

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