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Servidores do Samu são feitos reféns durante assalto enquanto atendiam em bairro de Rio Branco

Dois servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência  foram feitos reféns, por pelo menos uma hora, durante atendimento médico em uma casa no bairro Canaã, em Rio Branco, na madrugada desta quarta-feira (4).

A coordenação do Samu diz que a equipe foi acionada para atender um paciente em estado grave com câncer no bairro,  os servidores surpreendidos por cinco bandidos, um deles armado, que anunciaram o assalto e ainda saíram levando os materiais de primeiros socorros da ambulância.

O coordenador do Samu, médico Pedro Pascal, disse que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Investigações Criminais (DIC).

“Renderam nossa equipe por mais de uma hora, exigiram pertences pessoais e levaram nosso material de primeiros socorros. Agora estamos com menos uma viatura por conta do roubo”, diz.

No momento da ação, estavam um técnico de enfermagem e o condutor da ambulância. Mesmo após o susto, Pascoal disse que o paciente foi encaminhado para o hospital, onde ficou internado.

O coordenador destacou ainda que esse tipo de ação, consequente da briga entre facções e insegurança que assola a capital, acaba impactando diretamente nos serviços prestados à sociedade. De acordo com ele, são oito ambulâncias que atendem o perímetro urbano de Rio Branco, incluindo o município de Bujari.

Agora, a capital fica apenas com sete ambulâncias até que todo o material levado seja comprado novamente.

“O que vale a gente falar é para que essas pessoas que cometem esses crimes tenham consciência do trabalho do Samu, porque a gente não faz julgamento de paciente. Se é identificada a urgência, as ambulâncias são despachadas. Então, é preciso ter consciência da gravidade destes atos, porque, em média, 60% das ocorrências que atendemos são de causas violentas”, explica.

Ele destaca ainda que o Samu não se nega a fazer nenhum tipo de atendimento e que esse serviço, essencial para a comunidade, precisa ser preservado.

“Não deixamos de atender por estar em zona quente ou por ser horário perigoso. O atendimento é feito sem julgamento nenhum e que tenham consciência que com essa viatura a menos, a sociedade vai ficar desassistida”, desabafa.

O comandante-geral da PM, coronel Ulysses Araújo, diz que já estão sendo feitas as buscas pelos bandidos que cometeram o crime. Ele destacou ainda que tem reforçado o policiamento em pontos críticos da capital.

A Gazeta do Acre: