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Aleac encerra atividades e deputados avaliam como produtivo o ano legislativo, mas com ressalvas

A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou a última sessão deliberativa do ano nesta quinta-feira, 12. A sessão chegou a ser suspensa para que os deputados apreciassem os mais de 10 projetos que tramitavam. Os trabalhos da Casa devem retornar em fevereiro de 2019.

O presidente da Aleac, o deputado Nicolau Júnior (Progressistas), falou um pouco sobre o seu primeiro ano na presidência da Casa. Para ele, 2019 foi um “ano de experiência” e de muitas responsabilidades.

“Eu acredito que qualquer profissional de Saúde, um médico que se forma na faculdade e vai trabalhar em um hospital é experiência também, porque é a parte prática. Eu era deputado estadual, eu não fazia parte da Mesa, mas hoje eu faço parte e tenho que ter uma responsabilidade muito grande. Estamos com vontade de fazer as coisas acontecerem, de fazer o certo”.

Aliado do governo, o deputado Gehlen Diniz (Progressistas) avaliou como produtivo o ano e afirmou que o parlamento foi “protagonista” dos problemas da sociedade acreana.

“No próximo ano vamos trabalhar com mais afinco, porque sabemos que muitas áreas precisam melhorar, ainda, apesar do esforço do governador, apesar de ter dado respostas em algumas áreas. Não escondemos os problemas que nós temos. Recebemos um Estado falido, devendo salários dos servidores, devendo 13º Salário e agora, graças ao empenho, graças a austeridade como vem sendo tocado o governo, vamos pagar amanhã a segunda parcela do 13º. Muitas dívidas do governo anterior já foram quitadas, por exemplo, mais de R$ 100 milhões com os servidores, mais de R$ 400 milhões com fornecedores, estamos vencendo”.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) também avaliou como positivo o ano parlamentar, mas falou da ruptura da participação popular entre os trabalhos do primeiro e do segundo semestre.

“A Assembleia teve muita produção parlamentar. Podemos dizer que tivemos debates intensos e boa produção parlamentar. Só que teve um problema grave, no primeiro semestre a Aleac era o desaguador dos interesses da sociedade, havia uma confiança muito grande de que ao vir aqui seriam acolhidos e algo seria encaminhado. Era uma referência muito positiva”.

E acrescentou: “Após o episódio da LDO, a Aleac começou a fazer um caminho inverso, começou a se distanciar da sociedade, o que ficou muito marcado. O ápice foi na votação da Reforma da Previdência quando cercou de grades e de polícia para impedir a participação popular. Portanto, o poder se apequenou no segundo semestre”.

 

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