Servidores terceirizados da Saúde, Educação e do Deracre protestaram, na manha desta quinta-feira, 19, na frente do Palácio Rio Branco. Com nariz de palhaço e cartazes que diziam “Queremos receber”, os servidores cobraram salários atrasados.
Algumas empresas chegaram a acumular cinco meses devido ao atraso do repasso do Governo do Estado. A dívida do Estado com os empresários é de aproximadamente R$ 10 milhões.
À reportagem, as assessorias dos três órgãos estaduais confirmaram o atraso no pagamento.
O responsável pelo financeiro da Saúde, Marcelo Santana, informou que somente o salário de novembro dos servidores está atrasado.
“Ainda não ocorreu o pagamento porque algumas empresas não apresentaram as notas fiscais para pagamentos, assim como, as certidões fiscais e trabalhista encontram – se com pendências junto aos órgãos Federais, Estadual e Municipal. Assim que as empresas encaminharem as documentações, estamos prontos para realizar o pagamento, uma vez que os recursos já estão disponíveis para pagamento”.
Em pouco tempo de protesto, representantes das secretarias e do governo do Estado convidaram os manifestantes e representantes do Sindicato dos Terceirizados para uma reunião.
Segundo a porta-voz do governo, Mirla Miranda, antes mesmo do protesto, o processo para efetuar os pagamentos já estava em andamento. O governo deve quitar sua dívida até o dia 27 de dezembro.
“É sempre bom ressaltar que o Estado não tem como falar do presente sem olhar para o passado. Quando Gladson Cameli assumiu o governo com alto déficits e mesmo diante disso, ele pagou as dívidas da gestão passada, está pagando rescisão da gestão passada e está organizando esse pleito dos terceirizados”, disse.
Miranda destaca ainda que a falta de organização por parte das empresas também colaborou para o atraso da liberação dos recursos.
“Em muitos casos precisa de uma organização por parte dessas empresas. Essas empresas precisam fazer seus empenhos e nos enviar para que seja liberado esses recursos. O governado é muito transparente quanto aos problemas financeiros que o Estado vem sofrendo. Nós não somos um governo que se omite, pelo contrário. Somos o governo do diálogo. A conversa aqui no Palácio foi extremamente positiva”.