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Gladson Cameli trabalha para privatizar Saúde e servidores vão às ruas protestar  

Um projeto de lei que cria o Instituto de Saúde do Acre deve ser encaminhado a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta semana, nos últimos dias de trabalho da Casa antes do recesso, para apreciação dos deputados.

Assim como a Reforma da Previdência Estadual, a pedido do governador Gladson Cameli, o projeto deve ser votado com urgência. Porém, os servidores de Saúde estão atentos aos passos do governo e já convocaram a categoria para mais um protesto na próxima terça-feira, 10.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores em Saúde (Sintesac), Adailton Cruz, a criação do Instituto vai terceirizar a Saúde no estado. Se o projeto for aprovado, os servidores do Pró Saúde continuarão com o mesmo vínculo e jornada. Já os servidores da Secretaria de Saúde e da Fundhacre serão cedidos e, consequentemente, terão o aumento de 10 horas na jornada de trabalho, além de perder benefícios como PCCR.

“Nunca mais haverá concurso público e muitos menos estabilidade, os servidores serão escravizados e mutilados ainda mais. Já os ‘irregulares’ serão todos demitidos e trocados por empregados CLTistas, os plantões extras deixaram de existir, já no mês de fevereiro de 2020”.

O sindicalista destaca que a população também será prejudicada. “A população perecerá ainda mais, sem atendimento, sem cirurgias, exames, TFD, e acesso aos serviços. Será que os deputados irão aprovar essa atrocidade? ”, questionou.

O deputado estadual e médico Jenilson Leite (PCdoB) publicou um vídeo em sua rede social convocando a população e os servidores para participarem do manifesto contra a criação do Instituto.

“Vão querer votar em cima da hora, sem os parlamentares e a população conhecer as implicações que esse projeto vai trazer a curto, médio e longo prazo. Vamos nos posicionar contra, como fizemos na gestão anterior, que estava tentando privatizar o pronto-socorro. A semana que vem será uma semana em que mais um problema poderá recair sobre as costas da população, que é a terceirização da Saúde. Isso é algo que poderá dificultar mais ainda a vida de quem já tem dificuldade de acesso a saúde”.

A Gazeta entrou em contato com a porta-voz do governo, Mirla Miranda. Ela informou que o governo vai se pronunciar sobre o assunto na segunda-feira, 10.

 

 

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