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PRESENTE DE NATAL: Gladson demonstra descontentamento com “super-secretários” e deve fazer mudanças

FOTO/SECOM

As declarações dadas pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) à imprensa deixa claro a Torre de Babel instalada em seu governo. Ninguém se entende. É o que sugere o próprio chefe do Palácio Branco. Isso estaria prejudicando o governo, o levando ao fracasso já no primeiro ano de gestão.

De acordo com Gladson Cameli, não há um entendimento entre o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade; Semírames Dias, da Sefaz; Maria Alice, do Planejamento; e Tiago Caetano, da Infraestrutura. Com isso, o governo estaria ficando “no escuro”, revelando as trapalhadas jurídicas e administrativas dos últimos meses nas áreas tidas como o coração e o cérebro do governo.

Cameli revelou que “existe muita picuinha” e “briga de ego” entre os quatro secretários. Diante disso, Gladson está disposto a colocar um ponto final nisso. Ou seja, um dos quatro vai deixar o governo.

Semírames Dias, servidora efetiva do Tribunal de Contas do Estado (TCE), já deixou o governo uma vez. A saída dela nunca foi explicada, mas as declarações de Gladson apontam para um desentendimento dela com o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade. Ao contrário de Semíramis, Ribamar não tem vínculo com o TCE. Ele ocupava o cargo de assessor do conselheiro Antonio Malheiros e foi exonerado em 31 de dezembro de 2018.

Cameli disse ao jornalista Marcos Venícios, ontem, 20, que precisa de uma equipe alinhada para resolver os problemas do Estado. Gladson só neste primeiro ano teve ameaças de greve da Saúde e Educação (obstadas somente por decisões judiciais) e não conseguiu dialogar com a reforma da previdência aprovada na Aleac. Para fechar o ano, teve na quinta-feira uma manifestação dos terceirizados cobrando o 13º, ofuscando o pagamento dos servidores públicos, uma promessa de campanha de Cameli.

“Na verdade, essas quatro cabeças não se entendem e eu tenho ficado no escuro. Para o governo dá certo, eu preciso desse pessoal afinado e isso não vem ocorrendo. Existe muita picuinha, briga de ego e isso precisa acabar”, disse o governador acreano.

Uma coletiva chegou a ser cogitada ontem, 20, para que Ribamar Trindade falasse sobre a sua saída do governo. Mas a sexta-feira seguiu com o silêncio do governo sobre o assunto.

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