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Mais de 60 pessoas são ouvidas em audiência da Operação Midas no Acre

Mais de 60 pessoas são ouvidas em audiência da Operação Midas no Acre

Mais de 60 pessoas são ouvidas em audiência de instrução e julgamento da Operação Midas, que investigou crimes de roubo e os outros sete julgamentos por crimes diversos, como tráfico de drogas e homicídios no estado.

A audiência começou na segunda-feira, 2, e deve seguir até a próxima sexta-feira, 3, segundo informou o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).

Entres as pessoas que estão sendo ouvidas, 52 são testemunhas e outros 10 são réus. O TJ não informou os nomes destas pessoas.

Relembre o caso

A Operação Midas foi desencadeada em 2016 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC), que investigava irregularidades relacionadas à gestão da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb).

Em setembro de 2017, em uma segunda fase da operação, o ex-diretor Emurb, Jackson Marinheiro, foi preso, acusado de participar de um esquema de fraudes que gerou um desvio de R$ 7 milhões na empresa. Na época, mais 17 pessoas foram presas. Ele foi condenado, em abril de 2019.

No final de setembro daquele ano, a Justiça aceitou o pedido de liberdade dos suspeitos e substituiu o regime fechado por cumprimento de medidas cautelares, entre elas o bloqueio de bens.

Como funcionava o esquema

Conforme o Gaeco, as fraudes eram feitas principalmente no âmbito da execução de serviços. Máquinas e demais equipamentos eram alocados e colocados nos contratos com horas de serviços que não eram executadas, o que geravam pagamentos a mais.

Além disso, eram emitidas notas fiscais de fornecimento de madeira e cimento que jamais entraram no estoque da Emurb.

Ainda segundo o promotor responsável pela investigação, Fernando Cembranel, os documentos entregues à investigação na gestão anterior da Emurb eram “maquiados”. Na primeira fase da operação foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e três inspeções realizadas.

Durante a segunda fase da operação, 18 pessoas chegaram a ser presas. Nove delas eram funcionários da Emurb e três ainda trabalhavam normalmente no local. O restante dos detidos eram empresários que mantinham contrato com a empresa.

Além das prisões, dois quadriciclos foram apreendidos e o bloqueio de bens de todos os presos foi adotado pela Justiça.

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