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Duas adolescentes são apreendidas suspeitas de matar jovens achados em cova rasa

Após ouvir mais de 20 pessoas sobre o sumiço e morte dos adolescentes Thauan Araújo de Oliveira, de 16 anos, e Amanda Paiva Cavalcante, de 14, a Polícia Civil chegou até duas adolescentes, de 13 e 14 anos, que assumiram a autoria dos crimes. Os corpos das vítimas tinham marcas de espancamento, tortura e apresentavam cortes profundos nos pescoços.
As meninas foram apreendidas provisoriamente, na noite desta nesta sexta-feira, 27, no município de Sena Madureira.
O delegado que investiga o caso, Marcos Frank, disse ao G1 que ouviu as duas suspeitas, ainda na quinta, 26, e que neste mesmo dia elas confessaram ter praticado o crime. Ele informou que as meninas estavam em casa quando foram apreendidas pela Polícia Militar da cidade.
“Elas participaram, já está comprovado. Eu ouvi e liberei no primeiro momento, mas elas confessaram. Entrei com uma representação pedindo a internação provisória das duas. O mandado saiu na parte da tarde e a Polícia Militar deu cumprimento na noite de ontem [sexta, 27]”, disse.
Frank falou que o motivo foi, possivelmente, guerra entre grupos criminosos. O delegado afirmou que as investigações avançaram e que as meninas foram identificadas como as que arquitetaram o crime e que ainda há pessoas a serem identificadas.
“É aquilo que a gente já desconfiava, tinha uma comemoração, uma festa de aniversário, o casal [vítimas] apareceu lá e os participantes suspeitaram que eles eram de uma outra organização criminosa. Pegaram o telefone do rapaz [Thauan] e tinha uma foto dele fazendo o símbolo de uma organização. Teve, então, o julgamento e aconteceu o crime”, afirmou.

Buscas
Os corpos de Thauan Araújo de Oliveira, de 16 anos, e Amanda Paiva Cavalcante, de 14, foram achados enterrados em uma mesma cova rasa no bairro Niterói, em Sena Madureira, interior do Acre.
Os jovens estavam desaparecidos desde o último dia 20, segundo havia informado a dona de casa Elizângela Oliveira de Araújo, mãe de Thauan. Eles eram vizinhos e moravam no bairro Bom Jesus e saíram para o bairro Segundo Distrito. O G1 não conseguiu contato com a família de Amanda. O nome dela foi confirmado pelo delegado.

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