O Brasil segue recuperando o seu saldo de geração de empregos. Mas, infelizmente, a realidade é no sentido contrário para os acreanos. O país criou 644.079 vagas de trabalho com carteira assinada. É o melhor resultado dos últimos 6 anos. Vem recuperando, a passos lentos, os efeitos da crise. O Acre, no entanto, gerou apenas 353 vagas no mercado formal de trabalho. É o segundo pior desempenho entre os estados brasileiros.
A nível nacional, o saldo de 644 mil empregos formais é resultado da conta que se faz em cima das 16.197.094 contratações, menos 15.553.015 as demissões registradas em 2019.
Já o Acre contabiliza 27.927 contratações formais contra 27.574 demissões.
Cenário pior ficou apenas o Amapá, que gerou apenas 352 novas vagas no período. Uma vaga a menos do que aqui.
Em termos representativos, significa dizer que dos 644 mil postos criados pelo Brasil no ano passado, o Acre contribuiu apenas com 0,055%. Tal porcentagem irrisória é o quanto o Acre participou do alavancar da geração de empregos no Brasil, o que torna, até em termos proporcionais, o Estado com menor índice de geração de empregos.
Ainda assim, o resultado é o melhor já registrado desde 2011 no Estado. Mas este dado positivo tem uma explicação. A crise econômica tem afetado o mercado desde o fim da década dos anos 2000 e causando grande perda de vagas formais. Trabalhadores têm apelado para a informalidade. O ano de 2019 foi uma tendência de recuperação após os piores agravos da recessão. Mas o Acre foi fraco nesta tendência.
Desde quando começaram-se os déficits de perda de vagas formais, o Estado ainda está bem distante do panorama que já teve um dia.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 24, pelo Ministério da Economia, como parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).