O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João, foi um dos homenageados
Em uma solenidade que reuniu 200 farmacêuticos, em Rio Branco, o Conselho Regional de Farmácia do Acre (CRF-AC) comemorou neste sábado, 25, o dia consagrado nacionalmente a esses profissionais, 20 de janeiro. O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, esteve presente e foi um dos homenageados da noite, marcada pela entrega da Comenda do Mérito Farmacêutico Regina Vasconcelos. Também receberam a honraria, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, o secretário de saúde de Plácido de Castro, João Lessa Martins, e os farmacêuticos Lígia Mendes de Souza, Ricardo de Araújo Marques e Vernei Dutra Sturza.
O evento foi organizado com todo empenho pela atual Diretoria do CRF-AC, composta pelo presidente João Braz, pela vice-presidente Luana Christina Esteve das Neves, pelo diretor secretário-geral, Robson Fugihara, e pelo tesoureiro Clayton Alves Pena, auxiliados nessa missão pelo conselheiro federal de Farmácia, Romeu Cordeiro Barbosa Neto. João Braz destacou a importância da homenagem. “A comenda é concedida a personalidades que se destacaram por seus relevantes trabalhos em prol da categoria farmacêutica e para a saúde pública”, explicou o presidente do CRF-AC. “São pessoas que merecem nosso respeito, nossa gratidão e todas as homenagens”, acrescentou o conselheiro federal de Farmácia, Romeo Neto.
O presidente do CFF disse em seu discurso que os farmacêuticos já somam 221,2 mil profissionais no país, atuando em 160,6 mil empresas e estabelecimentos da área farmacêutica, além de 637 instituições de graduação. Distribuídos em 10 grandes áreas de atuação e 135 especialidades, os farmacêuticos, não por acaso, vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. A profissão está entre as dez com as maiores taxas de ocupação do Brasil.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria do Trabalho, referentes ao primeiro trimestre de 2019, a profissão foi a segunda de nível superior que mais gerou novos empregos com carteira assinada no país nesse período. Em 2018, a Farmácia já havia se destacado ao figurar na terceira colocação no ranking. E conforme levantamento feito ano passado pela empresa IQVIA, o Brasil é o 6º maior mercado farmacêutico do mundo.
“Mesmo que a nossa categoria ainda não tenha alcançado toda a valorização que almejamos, vejo um futuro promissor, no qual a farmácia clínica e o cuidado direto ao paciente serão o diferencial”, afirmou o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, que reconhece o farmacêutico como o profissional da saúde com maior conhecimento sobre medicamentos. Ele lembrou que o CFF tem procurado respaldar a categoria para que ela entre em sintonia com o movimento clínico em curso no país. O projeto Cuidado Farmacêutico, curso do CFF voltado à implantação do consultório farmacêutico, contemplou mais de 3,2 mil farmacêuticos de farmácias públicas e privadas.
De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), 2,9 mil farmácias possuem salas e consultórios em operação e mais de 8 mil farmacêuticos das redes estão focados neste atendimento. O modelo de prática também se apresenta como alternativa para os estabelecimentos independentes. “Certamente, o Brasil o campo de atuação é crescente, com a maior longevidade da população e o consequente crescimento na incidência de doenças crônicas, que demandam o cuidado farmacêutico”, defende.
Como desafios a serem vencidos, o presidente do CFF destaca a luta contra Projetos de Lei que ameaçam a profissão (liberação da venda de medicamentos em supermercados e farmacêutico remoto). Câmara e Senado também têm sido palco da atuação do conselho por melhores remuneração e condições de trabalho para o farmacêutico (PLs do piso salarial e jornada de até 30 horas) e contra a expansão do ensino a distância (EaD) que compromete a qualidade dos cursos de graduação. Outras demandas prioritárias são a consolidação da atuação do farmacêutico na saúde estética e a atualização das tabelas do SUS e dos convênios para os exames clínicos-laboratoriais.
“Necessitaremos de sabedoria, expertise e união para lograr total êxito nas lutas por melhorias e contra essas ameaças à profissão farmacêutica e à saúde pública”, comentou o presidente do CFF, conclamando a categoria a se engajar nessas lutas com a mesma paixão que a farmacêutica Regina Vasconcelos se dedicou à profissão farmacêutica durante toda a sua vida. “Ela lutou bravamente durante praticamente toda a sua vida contra uma grave doença. Sua coragem teve a mesma dimensão do seu amor pela Farmácia”, frisou.