Aproximar a polícia da comunidade. Essa é a nova estratégia da Secretaria de Segurança do Estado para combater a criminalidade no Acre. A iniciativa foi anunciada pelo secretário de Segurança, Paulo Cézar, em entrevista à Coluna do Crica.
A ideia é que policiais militares e civis interajam com a comunidade nos bairros. Os problemas relacionados a segurança e crimes irão passar primeiro pelos delegados de cada regional e comandantes dos batalhões da Polícia Militar.
Com esse sistema, os policiais irão atuar com maior conhecimento da área em que trabalham, o que facilitará combater a ação dos criminosos em cada região.
“Com isso, a polícia passa a ficar mais próxima dos moradores e ganhando a confiança de que está na área para lhes dar proteção.”
De acordo com o secretário, o modelo que aproxima a comunidade da polícia é o maior e mais moderno do mundo. “O policial tem de conhecer os criminosos dos territórios em que atuam. E para isso terão uma delegação de competência para prevenir e resolver os crimes. O principal de tudo é buscar uma aproximação em que os moradores dos bairros conheçam os policiais e os policiais os moradores. É uma forma também do policial ganhar a confiança da população”.
Policiais penais repudiam declaração de secretário
Se por um lado o coronel Paulo Cézar tem boas iniciativas para combater a criminalidade, por outro ele é alvo de críticas por parte dos policiais penais. Em nota, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen) repudiou a insinuação de que policiais penais teriam facilitado a fuga de 26 detentos do presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC).
“Preocupado em dar uma resposta pra sociedade, o coronel Paulo César tenta fazer dos corajosos Policiais Penais ‘boi de piranha’, sendo que a verdadeira culpa é do Estado que não consegue controlar a violência nas ruas de Rio Branco e fecha os olhos para o problema no sistema penitenciário”, diz a nota.
Ainda conforme o texto, o governo não oferece as mínimas condições para o trabalho dos policiais penais.
“Só quem conhece a realidade do controle da segurança e vigilância de 1.500 presos condenados são nossos policiais que trabalham sem quaisquer condições, numa unidade prisional aonde faltam algemas, rádios HT, iluminação, cadeados, viaturas e principalmente mais servidores.”