Mais de 800 geoglifos fazem do Acre um lugar único no mundo. Descobertos nos anos 1970, os geoglifos são marcas deixadas pelo ser humano no solo. Com formas geométricas e bem definidas, os geoglifos do Acre mudaram o que os pesquisadores pensavam sobre a ocupação humana na Amazônia – hoje, acredita-se que o ser humano está presente na região há milênios.
E contar essa história é justamente o objetivo do Origens BR, uma expedição nacional idealizada pelo site de viagens 360meridianos.com e que já passou por cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí e, agora, o Acre. Outros estados ainda serão visitados pelo projeto, que promete ser uma das maiores investigações jornalísticas já feitas sobre o passado pré-colonial e pré-histórico do Brasil. O Origens BR conta com o apoio de duas empresas da área de turismo, a Seguros Promo e a Passagens Promo.
No Acre, a equipe do 360meridianos.com esteve em Rio Branco e em 20 geoglifos espalhados pelas BRs 357 e 317, entre os municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Xapuri. Usando um drone, a equipe fez centenas de imagens das estruturas.
Para Rafael Sette Câmara, jornalista de Belo Horizonte e um dos fundadores do site, o mais impressionante é a quantidade e o tamanho dos geoglifos: “São muitos, sempre com formas perfeitas. É incrível pensar que essas estruturas foram feitas há pelo menos mil anos, com a escassa tecnologia e os poucos instrumentos disponíveis na época. Um patrimônio histórico rico e que precisa ser preservado e conhecido por todos os brasileiros”, disse. O jornalista lembra ainda que os geoglifos só são realmente visíveis do alto. “Quem observa de baixo – mesmo que conviva com as estruturas todos os dias – pode não ter noção da grandiosidade delas”.
O material coletado, entre visitações e entrevistas com arqueólogos, moradores da região e especialistas do Iphan, virou um especial no site e nas redes sociais e agora um vídeo no YouTube, lançado esta semana. O projeto deve virar ainda um livro e uma exposição fotográfica.
Sobre o Origens BR – Encontrar rastros de civilizações perdidas no meio da selva brasileira foi a obsessão ‘Os geoglifos do Acre e os mistérios da Amazônia’ de incontáveis aventureiros. E embora não existam, no Brasil, ruínas de grandes cidades de pedra no estilo da peruana Machu Picchu, os primeiros cronistas portugueses relataram encontros com grandes nações indígenas. Maurício Heriarte, europeu que passou pelo atual estado do Pará, em 1662, escreveu que apenas um dos povos da região era capaz de reunir “60 mil arcos quando manda dar guerra”. Já Bento da Costa, que navegou pelo Rio Amazonas na mesma época, destacou a quantidade de moradores de outra forma: “se do ar deixassem cair uma agulha, há de dar em cabeça de índio e não no solo”.
As marcas deixadas por muitos desses povos ainda existem, sejam em pinturas rupestres, sejam em esculturas ou cerâmicas, mas permanecem pouco conhecidas no país. Com meio milhão de leitores por mês, o site de viagens 360meridianos.com criou o Origens BR justamente para contar essas histórias.
Após passar pelo Acre, o 360meridianos.com segue para o Vale do Catimbau, em Pernambuco, e a Pedra do Ingá, na Paraíba. Em seguida serão visitados sítios arqueológicos no Pará e no Amapá. A expedição é patrocinada pela Seguros Promo e pela Passagens Promo. (Do site do 360meridianos / Assessoria)