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Após polêmica e críticas, governador autoriza empresas de fora a fabricar uniforme escolar

Depois de muita polêmica e uma enxurrada de críticas nas redes sociais sobre os novos uniformes escolares da rede pública estadual, o governador Gladson Cameli decidiu cancelar o decreto que cria o Programa de Compras Governamentais com Incentivo à Indústria Local.

O governador fez o anúncio nesta segunda-feira, 13, em uma transmissão ao vivo em seu Facebook. Segundo ele, a críticas teriam surgido por que foi exigido das malharias um material de melhor qualidade para a confecção das fardas, o que teria gerado incômodo para os empresários.

“Vou cancelar o decreto que permitia apenas empresas acreanas para fornecer novo fardamento escolar. Vou abrir, agora, para empresas e pessoas de todo o Brasil que queiram vir fornecer aqui”.

Visivelmente incomodado, Cameli disparou: “Parece que tem uma meia dúzia que nunca está satisfeita. Querem mudar o fardamento por quê? Quero coisa boa, malha boa. Este aviso não é para os que estão trabalhando direito, é para uns e outros que estão criando ‘nove horas’”.

Em seguida, o governador pediu desculpas pelo desabafo e justificou: “Eu sou um ser humano. Eu canso. Estou fazendo tudo que posso, mas parece que tem meia dúzia que quer que tudo dê errado. Eu não sou escravo da política, não. Se der errado, vai prejudicar milhares de pessoas”.

O decreto, que será cancelado, prevê que as licitações e aquisições diretas na forma da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, deverão priorizar a aquisição de produtos fabricados por indústrias instaladas no Estado do Acre, sendo admissível a utilização de credenciamento, por meio de chamamento público, com respeito à isonomia e à publicidade, mediante a repartição isonômica de demanda das aquisições.

Auditoria nos salários dos servidores

Em entrevista a Rádio Aldeia FM, durante o quadro Fale com o Governador, Gladson Cameli esboçou mais uma de suas suspeitas: os vencimentos dos servidores do Estado. Ele afirmou que até o final de março será concluída uma auditoria nos salários dos servidores estaduais. Ele disse que há “desequilíbrios salariais”.

“Quero fazer um planejamento, vou chamar todas as categorias do Estado. Quero ser justo. Quero ter na mão uma realidade para que possa valorizar o servidor público. Tem gente trabalhando e pagando por quem não está”, acrescentou.

 

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