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Com caos na Segurança, governo pede o retorno de policiais cedido para outros postos

Homicídios, sequestros, assaltos, supostos ‘arrastões’. Um verdadeiro caos se instalou na Segurança Pública do Acre. Nesse sentido, o governador Gladson Cameli anunciou que agentes socioeducativos, bombeiros militares, policiais penais, civis e militares, que estejam à disposição de autoridades, órgãos ou poderes retornem aos postos de origem.

Segundo o secretário de Segurança do Estado, Paulo Cézar, a suspensão da cessão dos agentes de segurança disponibilizará maior efetivo para o atendimento das demandas, melhorando, assim, a prestação de serviços ofertados pelas forças de segurança.

“Diante da necessidade, solicitamos a compreensão no sentido de adotar medidas que viabilizem o retorno de servidores aos seus órgãos de origem e, com isso, fortalecermos o trabalho da segurança, dando continuidade a uma prestação de serviço público essencial e de excelência”.

Hoje, o efetivo à disposição de autoridades, órgãos ou poderes é 240 servidores entre policiais militares, penais e civis, e bombeiros. Somente na Polícia Civil, atuam 62 profissionais e a Polícia Militar apresenta o maior número, com um total de 156.

Porém, a notícia não é nova para os agentes de segurança. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol-AC), Tibério César da Costa, a proposta do pedido de devolução dos agentes foi feita ano passado, no começo da gestão de Gladson Cameli.

O policial destaca que se a medida tivesse sido adotada ainda em 2019, quando foi proposta, o índice de criminalidade hoje provavelmente seria menor.

“Essa demanda foi repassada pelo Sinpol desde o ano passado, mas parece que agora vai ser posto em prática. Será que se lá atrás tivesse tomado essas providências, nossa situação não seria melhor? Por que demorar mais de um ano? Por que permitir que a situação chegasse a esse nível?”.

E acrescenta: “O que nós vemos é um sucateamento da nossa instituição, um enfraquecimento das unidades policiais tanto na Capital quanto no interior. São delegacias em situação precária, não conseguimos oferecer um serviço bom para a população, falta o básico desde a internet até o efetivo de policiais”.

FOTO/SECOM
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