Com a maioria dos deputados viajando, poucas lideranças comentaram a saída de José Ribamar Trindade, do comando da Casa Civil do Governo do Acre. O desembarque dele do governo já vinha sendo cogitado desde dezembro, quando o governador Gladson Cameli revelou um desentendimento entre José Ribamar e os demais secretários de Estado, que compunham o chamado “núcleo de ferro” do governo.
Entre as lideranças que falaram sobre o assunto está o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que lidera a oposição na Assembleia Legislativa. Prudente nas palavras, Edvaldo disse que o momento é de aguardar os “desdobramentos”. A prudência do líder tem uma explicação: a inconstância do governo. No ano passado, a secretária Semíramis Dias, da Fazenda, pediu exoneração, voltou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pouco dias depois estava no governo novamente.
Já o líder dos independentes, deputado Roberto Duarte (MDB), foi mais incisivo. Disse que, após um ano de gestão, Gladson Cameli ainda não conseguiu montar uma equipe para alavancar o desenvolvimento do Acre. Ele demonstrou preocupação com o troca-troca de secretários.
“Eu observo que já se passou um ano de Governo Gladson Cameli e, até o momento, sequer tem uma equipe definida para gerir o Estado. Isso nos deixa muito preocupados, afinal só teremos mais 3 anos de governo para dar uma resposta positiva à população”, disse o parlamentar emedebista.
A GAZETA entrou em contato com o líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas), para comentar a respeito da saída de José Ribamar e os rumos que o governo vai seguir a partir deste momento, mas ele não respondeu nossos questionamentos.
Reunião informal com os deputados – Uma reunião com a base aliada aconteceu às portas fechadas ontem, 8, no Palácio Rio Branco. A ideia é tranquilizar os parlamentares que, com a saída de José Ribamar, nada muda na relação com o parlamento estadual.
Antes do encontro, a porta-voz do governo, jornalista Mirla Miranda, disse que a reunião, a primeira do ano com a base aliada, tem o objetivo agradecer os deputados pelo apoio em 2019. “Agenda de agradecimento e boas-vindas ao novo ano. É algo bem informal”, ponderou.