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Milhares de pessoas se reúnem em Bagdá para velório do general Qassim Suleimani

Milhares de pessoas se reúnem em Bagdá para velório do general Qassim Suleimani

Milhares de pessoas se reuniram ontem, sábado, 4, para a procissão fúnebre do general Qassim Suleimani, em Bagdá. Além dele, outros líderes mortos durante o ataque dos Estados Unidos próximo ao aeroporto da capital do Iraque, também estão sendo velados.
Em sua maioria, os presentes vestem preto e carregam bandeiras iraquianas e de outras milícias apoiadas pelo Irã, que também são ferozmente leais a Suleimani. Alguns ainda gritam “Morte à América” e queimam bandeiras dos Estados Unidos, da mesma forma que o fizeram durante a invasão da embaixada norte-americana, no Iraque.
A multidão segue em direção a Zona Verde, bairro ultraprotegido do Iraque que abriga a embaixada dos Estados Unidos, e o local escolhido para o velório. O primeiro ministro-iraquiano, Adel Abdul Mahdi, está acompanhando de perto a mobilização. Segundo informações, o corpo do general será enterrado no Irã.
No velório, o corpo de mais cinco iranianos mortos no ataque estão cobertos com bandeiras do país. Retratos do líder supremo iraniano, Ali Khamenei e do chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, estão sendo levados até o local pelos presentes, para reforçar a ameaça de “severa retaliação” feita por ambos, após a ação da última quinta dos Estados Unidos.
Na sexta-feira, 3, o presidente Donald Trump foi a público para dizer que ordenou a ação, com a intenção de “evitar uma guerra”. O governo americano diz que o general da Força Quds, que pertence a Guarda Revolucionária do Irã, estava planejando uma série de ataques que colocavam em risco tropas e oficiais americanos. No entanto, ele não forneceu nenhuma evidência.
Suleimani foi o arquiteto da política regional do Irã e o responsável por mobilizar milícias no Iraque, na Síria e no Líbano, inclusive na guerra contra o grupo do Estado Islâmico. Ele também tem sido responsabilizado há quase duas décadas por ataques contra tropas e aliados americanos.
À medida que as tensões aumentavam em toda a região, relatos de um novo ataque aéreo contra um comboio de milicianos apoiados pelo Irã, em Bagdá, começou a ganhar força no noticiário. Um oficial de segurança iraquiano que não quis se identificar, disse que seis pessoas foram mortas. Até o momento, nenhuma confirmação oficial foi feita pelo Iraque, Irã ou Estados Unidos. (Estadão/AP e EFE)

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