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As calúnias diárias contra o Sucessor de São Pedro

Frequentemente, recebemos mensagens de católicos perturbados, afetados pela leitura de sites que acusam o Papa Francisco das heresias mais escabrosas. Agora vamos deixar bem claro os motivos pelos quais você não deve perder tempo com essas asneiras – a não ser que tenha fissura em ser uma pessoa confusa e neurótica!

Antes de tudo, destacamos o conselho de um grande santo: “Creio que NÃO SERÃO enganados em matéria de Religião se puserem em prática os seguintes avisos: fugir da companhia dos que falam de coisas desonestas ou procuram escarnecer do Papa, dos Bispos e dos outros Ministros da nossa Santa Religião…” – Dom Bosco. Livro O Cristão Bem Formado.

Você que vive fuçando esses sites e vídeos anti-Bergoglio, leia o trecho acima ao menos três vezes em voz alta, para as palavras de Dom Bosco fiquem gravadas na sua mente: fugir da companhia dos que procuram escarnecer do Papa.

Infelizmente, esse tipo de acusação acaba tendo um efeito realmente perturbador em católicos que sofrem de ansiedade ou que ainda estão dando os primeiros passos no conhecimento da doutrina e da História da Igreja.

Não vamos gastar o precioso tempo em que, podemos nos dedicar à autêntica catequese para “enxugar gelo” respondendo a cada um dos infinitos caos que esses malucos publicam. Aos católicos que desejam andar no bem e na verdade, basta essa dica: guardem as palavras de Dom Bosco, e vai dar tudo certo!

O Papa Francisco, sucessor de São Pedro, tem muitos inimigos ou, melhor, sabe que muitos se opõem a ele, não conseguem ter simpatia por ele, não estão dispostos a ouvi-lo: são estes que se sentem como seus inimigos, mesmo que ele, justamente em nome do Evangelho que ele quer viver a cada dia com radicalidade, se recuse a considerá-los como tais e a agir em consequência, segundo a estratégia humana exigida pela contraposição.

Papa Francisco é um servidor do Evangelho, da Doutrina e da Tradição da Igreja, sempre com a preocupação de apontar os novos horizontes da missão. Em sintonia profunda e consciente com o Concílio Vaticano II, ele resgata hoje os valores de uma Igreja que nunca pode deixar de ser missionária, samaritana, profética, mística e sábia, mesmo que as forças e os ventos contrários queiram mantê-la isolada e fechada numa auto-referência estéril.

Devemos reconhecer: também havia críticas contra o Papa João Paulo II e Papa Bento XVI, mas para Francisco há também um sutil e grande desprezo. Ele é julgado como “não teólogo”, ele é lido com desconfiança. Acima de tudo, sente-se desconforto em relação aos seus gestos simples e espontâneos, humanos e tão pouco hieráticos para parecer populistas.

No entanto, Papa Francisco vive como sempre viveu – ele mesmo confessa que se propôs a não mudar de vida ao se tornar Papa – na simplicidade, deixando que a paixão do Evangelho o mova, sem prestar muita atenção a estilos consolidadas de poder e de corte.

Certamente, é um papa diferente no estilo daqueles que o precederam, onde sabemos que um Pontificado não anula outro Pontificado, mas essa é uma riqueza para a Igreja que é Universal (não aquela fundada em 1977) e não pode continuar se expressando apenas em atitudes muito ligadas à cultura europeia.

Eu sou um pouco mais jovem do que Sua Santidade, o Papa Francisco, e o que me impressiona nele é a sua fé sólida como a rocha, a sua convicção apaixonada de crente a quem Deus renova a força e a juventude, a sua crença de que Jesus Cristo é o Evangelho e o Evangelho é Jesus Cristo.

E então, por que, a cada dia que passa, aumentam os seus opositores, que parecem ter o mesmo perfil daqueles homens religiosos que Jesus repreendia: obcecados pela lei, sem misericórdia, homens da letra intencionados apenas a se defender, pessoas autorreferenciais que espiam o pecado nos outros e nunca o confessam como próprio?

Alguns destes, sempre na penumbra eclesial, chegam até a indicá-lo como culpado de heresia bondosa; outros dizem que ele está destruindo a Igreja e a imagem do papado; alguns chegam até a considerá-lo como papa ilegítimo.

Mas Francisco sabe que, pode contar com a oração constante que sobe por ele da Igreja, que precisa dele para ser o pastor do rebanho do Senhor.

Enfim, vale a pena lembrar aquele dia 13 de março de 2013, quando da eleição e a fumaça branca surgia na Capela Sistina, e os sinos começaram a badalar no Vaticano e alguns breves minutos, ouvimos o Cardeal anunciar: Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam: Anuncio-vos uma grande alegria; Temos um Papa. Rezemos pelo nosso Papa Francisco. Paz e Bem.

Adaptado conforme: https://www.a12.com

 

Frei Paulo Roberto,

Ordem dos Frades Menores Capuchinho – OFM Cap.

Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Petrópolis – RJ

Colaborador no Núcleo em Formação da Fraternidade da Ordem Franciscana Secular-OFS, na Diocese de Rio Branco – Acre. Encontro todo 3º domingo do mês na Paróquia Santa Inês, às 09h00 (Recesso em janeiro e fevereiro)

 

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