Os debates desta quarta-feira, 5, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) se deram em torno do pedido apresentado pelo deputado Roberto Duarte (MDB) de intervenção federal na Segurança Pública do Acre. O parlamentar emedebista disse que a violência chegou a níveis inimagináveis, sendo necessário o auxílio do Governo Federal para o combate emergencial da criminalidade. O documento será entregue ao governador Gladson Cameli (Progressistas).
“Não temos mais condições de suportar. Temos um déficit acima de 50% de policiais militares. Na Polícia Civil também temos um déficit acima de 50%. Como vamos combater essa criminalidade com esse déficit? Vou relembrar aqui que em junho ou julho de 2018 a maioria da bancada federal do Acre esteve solicitando uma intervenção federal na Segurança Pública”, disse Roberto Duarte.
Assim que Duarte fez o seu pronunciamento, em sequência, todos os demais parlamentares comentaram sobre o tema Segurança Pública. O líder da oposição, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), sugeriu ao presidente Nicolau Júnior (Progressistas) que na sessão desta quinta-feira, 5, todos os projetos que versam sobre Segurança possam ser discutidos e votados pelos parlamentares.
“Nós precisamos produzir iniciativas que possamos levar ao Executivo e dizer: ‘está aqui a nossa contribuição. Essa é a nossa sugestão concreta’. E vários pedidos que estão sendo sugeridos. Vamos lá e dizer: ‘governador, a nossa sugestão é essa’. A sociedade não aguenta mais ficar assistindo o aumento da violência”, disse o parlamentar.
O líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas), adotou o tom mais ameno. Não confrontou o pedido de intervenção apresentado por Duarte. Limitou-se a dizer que este é um problema iniciado lá atrás, com a evasão escolar. Diniz defendeu mais união por parte dos poderes para vencer a crise na Segurança Pública.
“Só vamos vencer se nos unirmos, Legislativo, Executivo e Judiciário. Se houver essa parceria entre os poderes, com o apoio da população, aí sim vamos vencer. Para isso temos que dar as mãos. Esquecer a eleição. A Segurança Pública é o mais importante neste momento”, lembrou o líder do governo.