Quatro homens armados tentaram roubar uma caminhonete modelo Hilux no estacionamento do Supermercado Araújo Mix, na Estrada Dias Martins. O fato ocorreu no começo da noite de terça-feira, 4.
A vítima relatou que, ao entrar no estacionamento e sair do carro, o grupo de criminosos se aproximou e anunciou o assalto. Eles estavam em um carro Fiat Uno. Um dos homens levantou a blusa e mostrou uma pistola na cintura. Intimidou a vítima a não reagir e entrar no banco de trás da caminhonete. Neste momento, o proprietário da caminhonete conseguiu fugir dos assaltantes, que efetuaram quatro disparos. O tiroteio causou muita confusão e correria, mas ninguém ficou ferido. Os bandidos fugiram e levaram apenas a chave da caminhonete.
Este é apenas mais um caso de violência em estabelecimentos privados e/ou nas redondezas. Na semana passada, o jornalista Rogério Wenceslau foi vítima de um arrastão em frente ao restaurante Manto Verde, na Estrada do Amapá.
Além de fazer vítimas, o aumento da criminalidade no Acre também afeta diretamente a economia. É o que diz o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento.
“É preocupante essa situação. Quem trabalha na parte noturna está muito preocupado porque reduz a quantidade de pessoas que querem sair de casa, jantar em um restaurante, ou qualquer outra diversão. A falta de segurança está nos levando a reclusão, a ficar preso em casa. Isso acaba prejudicando a economia”.
E as vítimas não são apenas integrantes de facções criminosas, assim como é divulgado constantemente pela Secretaria de Segurança Pública. “Hoje morreu o tenente [policial militar Amarildo Barbosa], morreu defendendo a população. Eles [criminosos] estão matando os policiais, imagina a gente que não tem como se proteger”, relata Bento.
Ainda de acordo com o presidente, representantes de associações e sindicatos têm se reunido com autoridades de Segurança em busca de uma solução para o problema. Mas essa é uma luta longa e demorada. Os motoristas de ônibus e passageiros, por exemplo, são vítimas de assaltos e arrastões diariamente. E nada é feito, ou ao menos ninguém vê resultados.
“A impressão que temos é que a coisa está piorando. E isso é ruim para o comércio e para toda a economia do Estado. Com certeza estamos sofrendo grandes perdas devido a essa questão a violência”.