O Ministério Público do Acre, através do Observatório de Análise Criminal, divulgou o Anuário de Violência 2019. Segundo os dados, o número de mortes violentas no Acre diminuiu 29,1% no primeiro semestre do ano passado, se comparado ao mesmo período de 2018.
O demonstrativo de mortes inclui feminicídios, homicídios, latrocínios, lesão corporal/morte e mortes decorrentes de intervenção policial. Ao todo, 220 mortes violentas foram registradas nos seis primeiros meses de 2018, ante 156 mortes no mesmo período do ano seguinte.
Os crimes de feminicídio reduziram mais de 60%, conforme o documento. Em 2019, foram registradas três mortes, e no ano anterior foram oito feminicídios. Os casos de latrocínio caíram 40% e os homicídios consumados, quase 29%.
Já o histórico de mortes violentas mostra que em dez anos, de 2007 a 2017, os casos subiram de 168 para 531. Caindo para 415 no ano seguinte.
O relatório considera apenas os dados os primeiros seis meses do ano passado. Hoje, a realidade é outra. Em janeiro deste ano, 47 pessoas foram assassinadas. O número é 47% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 32 homicídios.
A situação é tão caótica que o Governo do Estado convocou todas as autoridades de seguranças e órgãos do Judiciário para juntos elaborarem um plano de ação contra a violência no estado. O resultado do encontro foi o lançamento da campanha ‘Acre pela Vida – Uma Cultura de Paz’.