O governador Gladson Cameli disse que reduzirá o ICMS sobre dos combustíveis. Caso se confirme a redução, o Estado perderá uma receita de aproximadamente R$ 225 milhões e de R$ 75 milhões no orçamento dos municípios. Só Rio Branco perderia mais de R$ 30 milhões.
Para o líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), o anúncio de redução de impostos cria falsas expectativas, já que o Estado não teria condições de perder essa receita.
“Acompanhei todo o noticiário nacional e o resultado foi que essa proposta não passou de um grande nacional e estadual. Ninguém tem condições de abrir mão de receita. Ficou claro de todas as falas dos governadores e do próprio ministro que redução do ICMS só é possível com a aprovação de uma reforma tributária, que só deve acontecer lá pelo mês de novembro”.
E destaca: “Ninguém vai renunciar receita. Potoca. Vamos parar com a fake, com a potoca do cotidiano, de se anunciar coisas que não tem condições de cumprir. Você coloca expectativas nas pessoas. Quem não tem condições de anunciar receita não pode sair com potoca”.
Em resposta ao deputado, o líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas) disse que o anúncio feito pelo governador sobre a redução do ICMS dos combustíveis não é ‘potoca’.
“Sabemos das dificuldades que atravessa o Estado do Acre. Mas, que potoca não é. Vamos aguardar os próximos episódios. Se reduzir um 1% é maravilhoso para a população. Não duvide do governador, se ele disse que vai fazer. Vamos aguardar”.
Contudo, Diniz explica ainda que tudo dependerá de um estudo econômico e financeiro. “Sabemos todos nós que vai ser a partir de um estudo, já que vai ter renúncia de arrecadação, de onde virá os recursos para compensar essa renúncia. Não pode ser feito assim, mas só o governador dizer que topa o desafio, está dizendo: conta comigo”.