A primeira constatação da presença de facções criminosas no Acre ocorreu em 2012, quando a Polícia Civil e o Ministério Público denunciaram 44 criminosos. Até então, só havia sido constatado a atuação de uma organização criminosa.
Hoje, segundo anuário 2019 divulgado pelo Ministério Público do Estado (MP-AC), quatro organizações criminosas atuam no estado. São elas: Primeiro Comando da Capital, Bonde dos 13, Comando Vermelho e Irmandade Força Ativa Revolucionária Acre. A mais recente, o ‘CV’, chegou em 2015.
Segundo o documento, a Irmandade atua com discrição com tráfico de drogas oriundos da Bolívia, sendo que os principais destinos das drogas são estados do Nordeste. Já o Comando Vermelho domina algumas rotas de tráfico e boa parte do comércio da droga no território acreano.
Mas foi apenas em outubro de 2015 que começaram a ser registradas ações violentas entre as organizações. Após a morte de dois integrantes do B13, começou uma onda de atentados ao patrimônio público e privado, com incêndio de veículos, a escolas, dentre outros. Começou uma verdadeira guerra entre as facções.
Em resposta aos crimes, diversas ações integradas foram realizadas. Ao todo, entre 2013 e 2019, mais de 2700 pessoas foram investigadas. Do total, mais de 1,6 foram processados.
Apesar das operações contra o avanço da criminalidade, o Acre já se consolidou como rota do tráfico. E não para por aí. Os atuais números de mortes violentas assustam a população.