X

Protesto contra reestruturação paralisa atividades na Caixa Econômica em Rio Branco

Os Servidores da Caixa Econômica Federal no Acre aderiram ao movimento nacional contra a reestruturação promovida pela direção do banco. Em Rio Branco, os funcionários paralisaram as atividades em algumas agências até às 10h desta quinta-feira, 13.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Eudo Rafael, a reestruturação ameaça carreiras dos empregados e a função pública social do banco.

“Aqui no Acre, tiraram a função do superintendente regional e extinguiram a superintendência. A partir do próximo mês, deve assumir uma superintendente que vem de Santa Catarina. As avaliações, a reestruturação esta sendo feita por Brasília, de forma atropelada, com provas que vazaram, e com intenção de movimentação dos bancários sendo ignorada. Estão transferindo bancários, descomissionando outros, transferindo de agências”.

Rafael destaca ainda que uma das intenções da Caixa é reduzir os gastos com servidores e vender as principais áreas do banco. Ou seja, está ocorrendo um desmonte do banco, que é responsável por 98% dos créditos habitacionais de baixa renda do país.

“O que está acontecendo é que, a Caixa econômica está reduzindo a massa salarial, diminuindo os valores das funções com essa reestruturação. Os empregados que tinham alguma estabilidade estão perdendo, e aqueles que estavam esperando oportunidades, estão todos tendo que se revalidar, passar um novo processo feito pela gestão da Caixa, sem análise meritocrática, nem nada”.

Apesar de as mudanças estarem em andamento, o movimento contra a estruturação tem ganhando força, inclusive no Congresso Nacional. Diversos deputados já manifestaram apoio aos empregados da Caixa Econômica.

A deputada federal Erika Kokay (PT/DF), por exemplo, manifestou em nota o apoio à luta dos trabalhadores da caixa e destacou: “Temos ciência de que todos os ataques que a instituição vem sofrendo visam um único objetivo: abrir caminho para a privatização. Sempre digo que os processos de privatização miram primeiro os trabalhadores e trabalhadoras. Cassar direitos, esqueletizar a instituição e diminuir seu papel estratégico são parte constituinte da modelagem privatista”.

Categories: Flash
A Gazeta do Acre: