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Acre fecha dezembro com saldo negativo de quase 50 mil desempregados  

O travamento na realização de licitações públicas por parte do governo do Acre tem deixado a economia local estagnada, principalmente para os empresários da construção civil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que em dezembro de 2019, quase 50 mil trabalhadores no Acre estavam desempregados. O número assusta.

As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Sem apresentar até o momento um pacote de obras real, o governo do Estado, principal empregador após a iniciativa privada, segue segurando a economia na base do contracheque. São 68 mil pessoas dependentes dos cofres públicos. Outros 98 mil dependem de atividades como o comércio, por exemplo.

Recentemente, o Ministério das Cidades divulgou dados em que coloca o Acre entre os estados mais dependentes dos programas de transferência de renda como o Programa Bolsa Família. São 86.793 famílias dependentes do Programa. Um total de quase 350 mil pessoas, quase a metade da população do Acre.

Mudar este cenário com a geração de novos postos de trabalho é o desafio que o governo do Acre tem pelos próximos três anos.

Informalidade e mais apontamentos – A pesquisa também constata um alto índice de informalidade no Acre. Segundo os dados do IBGE, mais de 98 mil pessoas da população economicamente ativa do Estado define seu trabalho como sendo por conta própria, porém, destes, apenas 9 mil, ou seja, 9,20% possuem CNPJ. Os demais 91,8% trabalham e/ou tocam seus negócios informalmente.

Os números não surpreendem tanto, uma vez que as estatísticas de um indicador mais especializado na parte de empregos formais, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), já vinham registrando acúmulo de saldos negativos que não vinham sendo recuperados no total de vagas de emprego no Acre no 2º semestre do ano passado. Revelam a necessidade da criação de mais postos de trabalho no Estado.

O cenário acreano ao fim de 2019 também contrasta com o nacional, que registrou uma queda de 11,2% no primeiro mês deste ano. Mas, vale ressaltar, que, apesar desta redução, o índice de desocupados no país ainda é alto: 12 milhões de brasileiros.

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