Após o grande expediente da sessão ordinária desta quarta-feira, 11, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os parlamentares receberam os policiais penais que vieram à Casa pedir que eles intervenham junto ao governo por melhores condições de trabalho.
Eles alegam que com a aprovação da PEC que os transformou de agentes a policiais, o trabalho mais que dobrou, no entanto, as condições oferecidas para que exerçam suas funções e o salário pago não compensam. A sobrecarga de trabalho diante do grande número de presidiários também é um dos fatores que estimulou a manifestação.
Beto Calixto, que falou representando os policiais penais, pontuou que o sistema penitenciário do Acre está um verdadeiro caos. De acordo com ele, para cada policial existem 200 presos a serem vigiados, o que o mesmo classifica como humanamente impossível. “O governo não está cumprindo com o pagamento das vantagens acordadas em lei. Em Cruzeiro do Sul, são 811 presos para poucos policiais. No Acre, ao todo, são mais de cinco mil.
O presidente da Comissão de Segurança da Aleac, Deputado Cadmiel Bomfim (PSDB) afirmou que vai solicitar uma reunião com o governador, onde serão apresentadas as demandas dos policiais penais. “Eles querem o pagamento do prêmio de valorização anual, a criação do soldão, como foi feito com a polícia militar, a realização de concurso público para aumento do efetivo e um cronograma de pagamento retroativo das promoções deles. Também solicitaram que a PM volte a cuidar da muralha do presídio, pois por falta de efetivo eles estão sobrecarregados. ”