A população de Rio Branco parece que começou a se conscientizar da gravidade da situação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e adotar o isolamento social. A Capital amanheceu neste sábado mais esvaziada, com menor tráfego de pessoas nas ruas, espaços públicos e estabelecimentos comerciais que ainda estão em atividade.
Muito se deve ao súbito aumento nos casos confirmados nos últimos dias. Na quarta-feira, 18, eram 428 casos confirmados e apenas 4 registros de óbitos decorrentes da doença. Na sexta, 19, esse número subiu para 621 casos. Hoje, segundo atualização do Ministério da Saúde do início da tarde, já são 1.028 casos confirmados e 18 mortes em todo o país.
Em dois dias, o país ganhou 600 casos confirmados e quadriplicou o número de mortes. Um ritmo de progressividade da doença que é maior do que o registrado em países como a Itália, por exemplo, que atravessa um cenário caótico na luta para controlar o novo coronavírus.
Lojas funcionando – Ainda assim, mesmo após o decreto estadual das contramedidas contra a disseminação do vírus e o crescimento dos números da pandemia, muitos comércios e lojas pela cidade de artigos que não são considerados de “primeiras necessidades” continuaram funcionando normalmente, na manhã deste sábado. A ordem é que eles fechem as portas pelos próximos 15 dias, mas esta não vem sendo acatada.
Lojas de materiais de construção, de roupas e acessórios, de equipamentos eletrônicos e celulares, barracas de lanche e moteis estavam abertos, sem restrições. Até boxes do Mercado do Bosque e feirantes do Mercado da Estação não pararam.
O argumento de muitos lojistas é que o decreto não ficou muito claro para eles, ou que não tiveram tempo para se preparar para a suspensão de suas atividades. Outros justificaram que suas lojas vendem itens de necessidades básicas, se encaixando nas exceções do decreto.
O secretário de Segurança Pública, Paulo Cezar, explicou que a polícia montou um esquema de fiscalização que está sendo colocado em prática nas áreas comerciais de Rio Branco. O objetivo é esclarecer todas estas dúvidas e, caso o estabelecimento insista em descumprir as medidas, será notificado, podendo vir a sofrer sanções como pagamento de multa e até suspensão de alvará de funcionamento.
“Nós estamos realizando um trabalho de fiscalização integrado das Polícias Militar e Civil e o estabelecimento que se encontrar aberto, a Polícia Civil irá notificar, determinando o fechamento do local sob pena de responder por crime de desobediência”, explicou.
O secretário frisou que a população pode ajudar neste trabalho, através do Disque-Denúncia exclusivo para estes casos de descumprimento ao decreto, pelo número 181 (Atenção: não ligar no 190 para não congestionar a linha do Ciosp, que serve para emergências cotidianas).
(REDAÇÃO A GAZETA, com informações da Secom Acre)