Esforço é para conter o vírus e que sirva de alternativa contra os cortes anunciados pelo Governo Federal no Sistema S
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) enviou uma proposta a Jair Bolsonaro para combater o novo coronavírus (Covid-19), caso o presidente da República volte atrás no anúncio de cortar 50% nas contribuições do Sesc e Senac. Pela proposta, nos próximos 3 meses, as entidades do Sistema S investirão R$ 1 bilhão em recursos para a conscientização e prestação de serviços à sociedade na luta contra a doença.
O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac no Acre, Leandro Domingos, afirma que a CNC acredita que o corte na arrecadação causará mais sequelas que benefícios à sociedade.
“O governo esquece em torno de 5% das empresas brasileiras contribuem para o sistema, já que as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional estão isentas do pagamento. De outro lado o valor médio pago pelas grandes empresas é de R$ 700, valor este insuficiente para gerar o resultado esperado pelo governo”, ressaltou ele.
Tirando o fato de que, se ocorrer o corte, o governo desmontaria o Sistema S no Brasil.
“Gerando fechamento de escolas, restaurantes, parques aquáticos, meios de hospedagens, áreas de cultura e lazer. Precisamos ser realistas. Com o corte muitas unidades de Sesc e Senac no Brasil, não terão recursos para pagar sequer a folha de pessoal”, alertou Domingos.
O presidente da Fecomércio-AC também reiterou que a CNC, gestora do Sesc e Senac no Brasil, caso tenha a proposta aceita, disponibilizará toda a estrutura no País, tanto física quanto de pessoal. “Além de contribuir com 300 mil cestas básicas, aquisição de respiradores para atender aos enfermos, intensificação de atividades online nas áreas de educação, cultura, lazer e formação profissional, dentre outros benefícios”.
Além disso, de acordo com o presidente, os restaurantes do Sesc poderiam atuar na produção de alimentos para atender as pessoas que estão trabalhando nos hospitais e pontos de apoio.
A perda do Sistema S seria um prejuízo sem precedentes para o Brasil. Atualmente, o Sesc e o Senac estão presentes em mais de 2.400 municípios, prestando atendimentos nas áreas de educação, saúde, esporte, lazer, cultura, assistência, programa de distribuição de alimentos, atuando, muitas vezes, onde o poder público não consegue chegar.
A proposta da CNC foi encaminhada também para oos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Luiz Mandetta, ao presidente do Senado Federal, David Alcolumbre, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. (Com informações de texto da Assessoria de Comunicação da Fecomércio-AC e da CNC)