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Em nota, Fecomércio/AC critica prorrogação de decreto estadual: “fechamento arbitrário”

A man is seen in front of closed stores after the city's government decreed the closure of shops and stores as a precautionary measure against coronavirus disease (COVID-19) in downtown Sao Paulo, Brazil, March 20, 2020. REUTERS/Amanda Perobelli

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/AC) divulgou nota de desagravo na manhã de hoje, 20, contra o decreto do governo que prorroga até 4 de maio o fechamento de segmentos de estabelecimentos comerciais no Acre. A entidade diz que os empresários estão cientes e tomando medidas para evitar a disseminação da covid-19, mas são pessoas que têm famílias para sustentar, e são vítimas do “fechamento arbitrário” determinado pelo Estado.

A Fecomércio/AC aponta, também, que não foi tomada nenhuma medida para minimizar os impactos do prejuízo nas empresas. Muitas não terão outra saída a não ser fechar as portas.

Confira na íntegra a nota da federação:

 

NOTA DE DESAGRADO

“Empresários de todo o Estado do Acre estão sensíveis à pandemia e dedicando todos os seus esforços para evitar sua disseminação ao mesmo tempo que, além da preocupação com tal pandemia, também a têm em relação às inúmeras famílias que dependem da atuação de suas empresas para zelarem pelo seu bem-estar.

Contudo, são inadmissíveis as ações tomadas recentemente com a prorrogação ao prazo de fechamento arbitrário de uma grande quantidade de empresas comerciais, de turismo e de serviços. As exigências estão somente naqueles que tanto contribuem com o desenvolvimento do Acre e do País.

Não se percebe, até o momento, nenhuma alternativa que minimize o impacto de tamanha vicissitude por qual passa todas as empresas acreanas. Os tributos são exigidos e cobrados sem qualquer ponderação ou análise dos impactos que o fechamento compulsório pode trazer às empresas e, que será necessário para a manutenção das ações do Estado, levando a um colapso iminente em todas as esferas, desde os municípios até o próprio governo federal.

A Federação do Comércio, representante legítima do comércio e inconformada com as decisões arbitrárias impostas pelo Governo Estadual, repudia veementemente o tratamento que tem sido dedicado, por parte do governo, às empresas em todo o território acreano.

Não restará outra alternativa a não ser o encerramento das atividades para um grande número de pequenos e médios negócios, associado à elevação do desemprego, o que se fará apresentar em forma de uma grave crise social, além da econômica.

Negócios estão sendo cancelados, fornecedores estão sem receber pelas suas vendas, dívidas estão sendo postergadas para um momento incerto, gerando uma instabilidade sem tamanho na economia de um Estado pobre que depende, exclusivamente, dos recursos advindos do Governo Federal e da arrecadação tributária. A amplitude de tais medidas precisa ser mensurada de forma a manter o equilíbrio econômico resultante das atividades comerciais de maneira consensual.

Esta Federação do Comércio diuturnamente vem procurando diálogo com o Estado e jamais deixará sua missão de lutar pelo desenvolvimento e fomentar resultados positivos para o comércio acreano, mantendo empregos, gerando renda e contribuindo com o bem-estar social e do próprio Estado.”

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre

Entidade aponta que medidas devem ser mensuradas, caso contrário, pequenas e médias empresas fecharão as portas, acarretando em desemprego e crise social  (Foto: Ascom Fecomércio/AC)

 

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