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Pesquisa do Sebrae revela que pequenos negócios já tiveram de demitir 9 mil trabalhadores

Mais do que nunca contramedidas do Governo Federal são necessárias para salvar a economia brasileira! Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que mais de 600 mil empresas já fecharam as portas em todo o país. A queda destas empresas, juntamente com o baixo faturamento de outras que tiveram de cortar gastos, representa, por ora, a demissão de aproximadamente 9 milhões funcionários.

O estudo também revela que, apesar das recentes medidas anunciadas pelo Governo Federal, o segmento não vem tendo facilidade de acesso a crédito. De acordo com os números do Sebrae, 60% das micro e pequenas empresas que buscaram crédito no sistema financeiro desde que começou a crise teve seu pedido negado.

A pesquisa também mostra que a recessão do coronavírus veio em péssima hora para a economia brasileira. A maioria dos empresários do segmento, 73%, avaliam que a situação financeira de seus negócios já não era considerada boa, antes da crise. Com a pandemia, 88% das micro e pequenas empresas viram o seu faturamento despencar, com uma queda de 75%, em média, em seus respectivos volumes de negócios.

Tanta perda fez 62% dos empreendedores interromperem suas atividades e parar de funcionar temporariamente. Mas a expectativa média é que estes só conseguirão pagar as contas pelos próximos 23 dias.  Dos 38% que permancem abertos, a maioria teve de tomar medidas como reduzir horários, fazer entregas ou atender apenas através de ferramentas online.

Essa é a segunda pesquisa do Sebrae para acompanhar os pequenos negócios durante os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Foi realizada entre os dias 3 e 7 de abril. Foram entrevistados 6.080 empreendedores em todas regiões do Brasil. (Com informações da Assessoria do Sebrae Nacional)

Nos últimos 15 dias, 18% dos empresários tiveram que fazer demissões devido à perda de faturamento causada pela crise do coronavírus (Foto: Divulgação)

 

OUTROS NÚMEROS DA PESQUISA

Sua empresa mudou o funcionamento com a crise?

  • 6,6% – não mudaram a forma de funcionar
  • 31% – mudaram o funcionamento
  • 58,9% – interromperam o funcionamento temporariamente
  • 3,5 % – decidiram fechar de vez

Entre as empresas que mudaram seu funcionamento

  • 41,9% estão atuando apenas para entregas ou online
  • 41,2% – estão com horário reduzido
  • 21,6% – adotaram o teletrabalho (home office)
  • 15,3% – implementaram o rodízio de funcionários
  • 5,9% – adotaram drive thru

Como estava a situação das finanças antes da crise

  • 26,6% – era boa
  • 49% – era razoável
  • 24,4% -era ruim

 Como seu negócio está sendo afetado em termos de faturamento mensal

  • Aumentou – 2,4%
  • Diminuiu – 87,5%
  • Permaneceu igual – 2,9%
  • Não sabe ou não quis responder – 7,2%

Em relação aos funcionários – tomou alguma medida

  • 46,8% – ainda não tomou medidas
  • 28% -férias coletivas
  • 17,8% – suspensão de contrato de trabalho
  • 17% – redução da jornada de trabalho com redução de salários

Você precisará pedir empréstimos para manter seu negócio em funcionamento sem gerar demissões?

  • 54,9% – sim
  • 17% – não
  • 28,1% – não sabe ou não respondeu

 Já buscou empréstimo desde o início da crise

  • 30% – sim
  • 70% – não

Entre os que buscaram crédito

  • 11,3% – conseguiram
  • 29,5% – estão aguardando resposta
  • 59,2% – tiveram pedido negado

 

SOBRE AS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO NAS ÚLTIMAS SEMANAS

Auxílio emergencial para MEI, autônomo e empregados informais

  • 63,6% – ouviram falar
  • 34,2% – conhecem bem
  • 2,2% – não conhecem

Suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada com compensação do governo para empregado

  • 62% – ouviram falar
  • 22,8% – conhecem bem
  • 15,3% – não conhecem

Linhas de crédito com juros menores para empresas que não demitirem

  • 14,2% – conhecem bem
  • 57,3% – ouviram falar
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Fabiano Azevedo: