Desde quarta-feira, 22, os moradores de Rio Branco sofrem com o desabastecimento de água. Inicialmente, o Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa) justificou que o problema era em decorrência ao atraso na entrega do produto utilizado para tratar água. Contudo, até a tarde desta sexta-feira, 24, a situação ainda não havia sido completamente normalizada.
Em um momento em que o mundo inteiro enfrenta uma pandemia do novo coronavírus, a água é elemento indispensável juntamente com o sabão como forma de combater a transmissão da doença, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com caixas d`água vazias, moradores de alguns dos bairros afetados, como o Vila Nova, Alto Alegre e Centro, expressaram-se nas redes sociais sobre a dificuldade em manter a higienização nessa situação, nesta sexta-feira. “Complicado me proteger do coronavírus assim”, disse uma internauta.
A situação gerou revolta também aos presos e foi o motivo do princípio de motim registrado na noite de quarta-feira, 22, no Complexo Penitenciário de Rio Branco. O presidente do Iapen/AC, Arlenilson Cunha, disse que tudo começou devido à falta de água no presídio, problema registrado em toda a cidade. As queixas evoluíram para queima de objetos e tentativa dos presos de sair dos pavilhões.
A equipe do jornal A GAZETA entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do Depasa. Na ocasião, foi informado que o presidente do órgão, Tião Fonseca, não poderia dar entrevista, pois estava se recuperando de uma pneumonia.
A assessoria explicou que os produtos para tratar a água já chegaram e que ainda neste sábado, 25, o fornecimento será 100% regularizado. Disse também que nesta sexta-feira, 24, 50% dos bairros já haviam recebido água.
“As estações de tratamento já estão operando com toda a capacidade desde a última quarta-feira, 22, e agora já atingindo a capacidade máxima de produção de 1.600 litros/segundo. Ainda esta noite (24) os mais de 100 bairros estarão abastecidos e a distribuição normalizada a partir deste sábado, 25. Todas medidas para evitar o desabastecimento já foram tomadas, e isso inclui a manutenção dos estoques na Capital e no interior”, reforçou a assessoria. (DA REDAÇÃO A GAZETA)