Em visita ao Serviço de Nefrologia da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), os Diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed/AC) encontraram problemas que potencializam o contágio por vírus e bactérias, na manhã de sexta-feira, 17. Entre as falhas estão a falta de exaustão de ar e da recirculação de ar dos ambientes de hemodiálise.
Segundo as queixas, o ambiente ainda necessita de uma reforma, pois o piso envelhecido colabora para acumular bactérias. Diante das dificuldades, os profissionais reivindicam máscaras do tipo N95 para os plantonistas e pacientes com doenças respiratórias.
Devido a pandemia por coronavírus (covid-19), três dos cinco médicos especialistas em nefrologia estão afastados por serem do grupo de risco. Para cobrir as escalas, residentes contratados no último processo seletivo fazem os plantões como clínicos.
Em meio aos problemas que se avolumam há anos estão equipamentos enferrujados e danificados, como macas e uma balança para cadeirante que está inutilizada.
Para amenizar os problemas, os médicos já propuseram a criação de uma sala de diálise para pessoas com doenças respiratórias, como tuberculose ou coronavírus.
O Serviço de Nefrologia possui 164 pacientes atendidos em três turnos, de segunda-feira a sábado.
Os servidores do local reclamaram também da falta de monitoramento e de segurança para o acesso a unidade, problema que foi confirmado durante a visita dos diretores do Sindmed-AC.
O vice-presidente do Sindicato, Guilherme Pulici, explicou que os problemas serão levados a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para buscar melhorias.
“Estamos realizando as visitas para verificar os problemas encontrados nas unidades de saúde. Vamos levar todas as falhas para a Sesacre e cobrar melhorias”, explicou o sindicalista.
A primeira-secretária, Jacqueline Fecury, explicou que outras fiscalizações serão realizadas e, após a entrega do relatório ao governo do Estado, novas visitas serão realizadas para verificar se foram implementadas melhorias.
“Nosso objetivo é oferecer melhores condições de trabalho aos médicos e, para isso, também encaminharemos nosso relatório também para o Ministério Público Estadual para o acompanhamento das atividades”, finalizou. (Assessoria Sindmed/AC)