A 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco acolheu denúncia do Ministério Público do Acre (MP/AC) contra o policial penal Quenison Silva de Souza. Ele é acusado de matar a companheira Erlane Cristina de Matos, 35 anos, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu no dia 11 de março, na residência do casal, bairro Estação Experimental, após uma briga conjugal.
O Ministério Público denunciou o acusado pelo crime de feminicídio, que é uma qualificadora para o crime homicídio, levando-se em conta a condição de ser mulher da vítima. A juíza Luana Campos determinou a citação e deu 10 dias para que o acusado apresente defesa preliminar, por meio de seu advogado. Caso, ele não tenha constitua advogado, o juízo determinará um dativo.
Se ele não fizer alegações em sua defesa, será realizada a primeira audiência de instrução, onde ele será interrogado. Um sobrinho da vítima de 13 anos estava no local do crime. Ele deve testemunhar nessa audiência.
Após testemunho e interrogatório, as partes fazem as suas alegações finais no processo e a magistrada faz a pronúncia do acusado. Depois abre-se o prazo para recursos. Só após a decisão de pronunciar o réu transitar em julgado é que ele poderá ser levado para júri popular.
Enquanto aguarda essa tramitação processual, o policial penal está preso no Complexo Penitenciário Francisco d’ Oliveira Conde.
A primeira versão do acusado é de que o tiro foi acidental. Mas um laudo anexado ao processo aponta hematomas no corpo da vítima. Revela, também, que o tiro foi dado à uma curta distância.