O líder do governo na Assembleia Legislativa (Aleac), deputado Gehlen Diniz (Progressistas), alertou aos servidores públicos acreanos que a recessão econômica gerada pelo novo coronavírus pode comprometer o pagamento de salários do governo. E, pelas palavras do parlamentar, esse risco não está assim tão distante. Pode ocorrer já no próximo mês.
“A depender da situação, dentre em breve, corremos o risco de atrasar o pagamento dos funcionários públicos… o risco do não pagamento de salários é real. Não nesse mês, agora. Em abril, eu acredito que pague em dia. Mas o mês que vem, em maio, já temos um sério risco”, disse Gehlen, durante entrevista a uma emissora de rádio local.
Gehlen frisou que o Estado, na gestão do governador Gladson Cameli, tem conseguido honrar o pagamento de salários. Mas esse compromisso vai ficar difícil se a pandemia do coronavírus continuar a crescer, mantendo a economia parada.
“Cadê a arrecadação? O comércio não está funcionando. O Estado não está arrecadando ICMS. O repasse do Governo Federal vai cair drasticamente”
O deputado explicou que esta estimativa não é para causar alarde ou gerar pânico. É mais uma forma de alertar aos servidores para que se prepararem.
“Você que é servidor público, que depende do governo, seja ele municipal, estadual ou federal, tem que começar a se preparar. Comece a economizar desde agora…. no fim do mês, seu salário pode não estar na conta”, orientou Diniz.
O progressista também fez o apelo para quem for empresário ou estiver em condições financeiras melhores, que ajude o próximo. Segundo Gehlen, esse é o momento, pois o Acre enfrentará meses difíceis, de muita luta, para se recuperar desta crise da Covid-19.
Gladson nega atrasos salariais: “não tem essa possibilidade”
Na tarde de hoje, em resposta à fala de Gehlen Diniz, o governador Gladson Cameli frisou que o Estado não trabalha com essa possibilidade de atrasos na folha de pagamento. Ele diz que o governo está tomando medidas para evitar os efeitos da crise, como o corte geral de 30% nos gastos públicos, inclusive, dos servidores comissionados. “Mas atrasar ou suspender salários não tem essa possibilidade, não”, finalizou o chefe do Executivo.