A prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, e o governador Gladson Cameli realizaram coletiva de imprensa para anunciar novas medidas para o combate ao novo coronavírus. Eles determinaram a prorrogação até o dia 15 de abril do decreto da suspensão das atividades do comércio do Acre. Apenas os estabelecimentos de serviços essenciais podem continuar funcionando.
O governo e a prefeitura, junto com entidades comerciais, estão em diálogo para verificar a possibilidade de flexibilizar o funcionamento de atividades comerciais que estão suspensas. Mas isso depende do ritmo da Covid-19 no Estado.
Das escolas da rede municipal, a prefeita Socorro Neri afirmou que a retomada das aulas, prevista para o próximo dia 10 de abril, poderá ser prorrogada. A decisão será tomada somente na próxima semana.
Socorro Neri também garantiu que o transporte coletivo vai manter 50% da sua frota funcionando no Capital. E disse que a prefeitura estuda a suspensão ou isenção das taxas cobradas de impostos municipais. Outro esforço da gestão municipal é em garantir o abastecimento de produtos alimentícios nos mercados e supermercados da cidade.
Toque de recolher e medidas mais enérgicas
Já o governador Gladson Cameli falou sobre a possibilidade de um “toque de recolher”, no caso de a pandemia do coronavírus seguir avançando no Estado. Tal medida pode ocorrer a qualquer momento, conforme Gladson, se a população continuar ignorando cuidados de não aglomeração em lojas e espaços públicos.
O governador comentou que, ao voltar de agenda no Juruá, tem reparado que muitos comércios locais estão de portas abertas normalmente, como se nada tivesse acontecendo. Segundo ele, estes estabelecimentos poderão sofrer intervenções mais enérgicas da polícia.
“Estão funcionando sem a noção das pessoas sobre a gravidade do que estamos enfrentando. O toque de recolher é sim uma possibilidade”, falou o chefe de Estado.
Cameli frisou que a criação de um hospital de campanha na Arena Acreana é necessária e informou que o Hospital Santa Juliana repassou os 20 leitos de UTI para que sejam usados a custo zero pelo Estado, se for necessário.