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Tipologias do Amor

Fabiano Azevedo por Fabiano Azevedo
27/05/2020 - 06:35
Tipologias do Amor
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O assunto do texto – o amor – é tema recorrente na vida humana, toda gente necessita amar e ser amada. É matéria que interessa a muitas ciências, como à Psicologia e à Psicanálise. Todavia, com todas as leituras empreendidas fica difícil definir o amor, mas aqui vamos tentar apontar suas tipologias.

José de Alencar, um dos mestres da literatura brasileira, no seu romance  “Cinco Minutos”, assim se expressa: “o amor não compreende esses cálculos e esses raciocínios próprios da fraqueza humana; criado com uma partícula do fogo divino, ele eleva o homem acima da terra” (Alencar, 1870/1997, p. 19). Neste trecho, o romancista trata o amor como algo supremo, forte o suficiente para fazê-lo perder a razão. E nós, aprendemos, ao longo da vida, que a natureza do amor proporciona às pessoas o sentimento de recompensa, de paz, de alegria, felicidade. Faz a vida mais bonita. De outra parte, alguns estudos apontam que o amor leva as pessoas a mentir, a enganar, a roubar e até a matar em seu nome. Mas que sentimento será esse que conduz a caminhos tão distintos?

Vamos buscar alguma explicação, considerando que a presença do amor, na história da humanidade, pode ser datada desde a antiguidade até os dias atuais, através da literatura, ora como uma típica história romântica, ora como uma história fatídica. Os estudos sistemáticos iniciais sobre amor sempre estiveram no âmbito da perspectiva social, notadamente no campo da psicologia social e da personalidade, e uma das grandes dificuldades sempre tem sido como defini-lo. Por exemplo, Harry Harlow, estudioso estadunidense, no artigo clássico “The Nature of Love” (A natureza do amor), (1958), define amor como um estado maravilhoso, profundo, delicado e gratificante. O psicólogo Isaac  Michael Rubin (1970) define amor como sendo “uma atitude que uma pessoa direciona a outra em particular, envolvendo predisposições a pensar, sentir e se comportar de certas formas, em relação a esta outra pessoa.” O canadense Brendan Jacob Joel Fehr (1988, 2006) defende  a tese de que o conceito de amor não pode ser definido classicamente, porquanto foi construído em torno dos exemplos  nem sempre claros, tendo, portanto, uma abordagem prototípica.[1]

Nessa multiplicidade de olhares, poder-se-ia dizer que existe tipologias de amor. Por exemplo, o amor que dirigimos a diferentes pessoas não é o mesmo amor, ou seja, um amor igual. De umas gostamos mais do que de outras. O amor que sentimentos pelos nossos pais é diferente do amor pelo esposo, namorado. Portanto, os sentimentos são diferentes. Isso significa haver vários tipos de amor. Então, sendo assim, o amor tem suas tipologias. O amor possui vários níveis: amor por objetos; amor por livros; amor por escritores, amor por cores; amor por pai/ mãe; amor por esposo/ esposa; amor por namorado/namorada; amor por amigos/amigas. São sentimentos diferentes, mas é um tipo de amor. É como se existisse amor mais e amor menos. Como traduzir essas espécies de amar?

Há um estudioso  a dizer que podemos comparar o amor com as cores, porquanto gostamos mais de uma e menos de outras, mas todas fazem parte do gostar. Num estudo, determinado teórico observou que cada história de amor é única, embora existam características comuns entre elas quando agrupadas, surgindo dois principais grupos de amor: a)  grupo primário – onde estão incluídos os estilos Eros, caracterizado pela busca da pessoa amada, cuja imagem já está representada na mente do amante: o Ludus, estilo de amor em que o amante “coleciona” experiências, as quais são lembradas com prazer; Storge, o amor como amizade, onde os parceiros acostumam-se um com o outro; b) grupo secundário – mania, caracterizado pelo ciúme, pela obsessão e maior intensidade emociona; Agape – estilo sacrificante, no qual o bem estar da pessoa amada é colocado acima de tudo; Pragma – um estilo de amor racional, em que as decisões são tomadas mais pela razão do que pela emoção.

Por esse olhar, muitos estudiosos ressaltam o amor como estilo, ao invés de uma ideologia, pois estilos são construídos de forma interacional e um indivíduo pode ter mais de um estilo com parceiros diferentes. Outra grande contribuição para compreender os diferentes tipos de amor foi a Teoria Triangular do Amor de Robert J. Sternberg, publicada em 1986. Sternberg propõe que o amor pode ser visto ou sentido como um triângulo: intimidade, paixão e decisão/comprometimento.

Seja como for, Camões estava certo ao dizer:

”Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer”.

Então o Amor é assim: a aproximação de sentidos impossíveis, como o fogo que não se vê; a dor de ferida que não dói; a alegria triste e a dor que é sentida, sem que se sinta. Toda essa multiplicidade de sentimentos mostra  a natureza do que é o amor: um sentimento que nos leva a ideias controversas sem que se perca seu sentido. Aqui, há também uma ideia causal: primeiro o fogo, depois a ferida, depois a dor.

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Conclui-se com o pensamento de J. Stemberg quando diz que cada pessoa possui o seu triângulo amoroso.  Para elucidar essa proposta, ele utiliza os conceitos da geometria e revela que é possível a existência de triângulos equiláteros, nos quais todos os elementos estão em equilíbrio, e de triângulos não equiláteros, nos quais há predominância de um ângulo sobre os demais. Ressalta que o triângulo de cada pessoa se modifica com o tempo, pois cada um dos três elementos possui tempo de evolução diferente. Pressupondo que cada indivíduo possua o seu triângulo amoroso, o autor indica que, para que um relacionamento seja bem sucedido, os triângulos amorosos dos indivíduos, na dupla amorosa, devem ser similares e evoluir ou modificar-se ao longo do tempo também de forma similar. Por isso talvez se diga que o amor é uma questão de física. De toda forma, A M A R é sublime e nós, humanos, fomos desenhados, por Deus, para amar.

 

LIÇÕES DE GRAMÁTICA

“Há muito muito” ou “há muito tempo atrás?

– HÁ MUITO TEMPO ATRÁS”. Trata-se de uma redundância, pois, se ocorreu “HÁ MUITO TEMPO”, só pode ter sido “MUITO TEMPO ATRÁS”.

Aprendemos, faz tempo, que devemos usar a forma “HÁ”, do verbo “HAVER”, quando nos referimos a um tempo já transcorrido: “Não nos vemos HÁ dois dias”; “HÁ dez anos que ele partiu”.

É interessante observar que a redundância “HÁ…ATRÁS” só ocorre com o verbo “HAVER”. Quando se opta pelo verbo “FAZER”, ninguém diz “FAZ dez anos ATRÁS”. Aí todos falam corretamente: “FAZ dez anos”; “FAZ muito tempo”.


[1] A abordagem prototípica foi proposta por Rosch (1975) para explicar como determinados conceitos precisam valer-se de exemplos chave, os quais remetem aos melhores elementos dentro da categoria em questão e não propriamente às suas definições

* Prof.ª Dr.ª Luísa Galvão Lessa Karlberg
Pós-Doutorado em Lexicologia e Lexicografia – Université de Montréal – Canadá
Doutorado em Letras Vernáculas – UFRJ
Mestrado em Letras – UFF
Coordenadora Pós-Graduação, Campus Floresta – UFAC
Presidente da Academia Acreana de Letras – AAL
Membro da Intertional Writers and Artist Association – IWA
Embaixadora Internacional da Poesia – CCA 

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