O Sebrae vai orientar as micro e pequenas empresas na retomada das atividades no país com a disponibilização de um conjunto de protocolos com orientações práticas e relevantes, alinhadas com as recomendações das autoridades de saúde. A ideia é fornecer aos empresários suporte com conteúdos em diversos formatos, como cartilhas, vídeos, áudios, entre outros materiais, para ajudar na adaptação dos negócios assim que forem liberados gradualmente para o funcionamento. Ao todo, foram elaborados 35 documentos para 47 segmentos setoriais, que correspondem a 75% dos pequenos negócios do Brasil e são responsáveis por 46% dos empregos gerados no País. Os protocolos poderão ser acessados diretamente pelos donos de pequenos negócios em uma página específica no Portal Sebrae de acordo com o segmento de atividade.
Durante apresentação da iniciativa, em coletiva de imprensa online, nesta terça-feira (9), o presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou a parceria da ação com o Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec). “Apresentamos um documento completo com respaldo de diversas entidades dos setores, para atender a uma demanda do governo federal e dos empresários que precisam saber, com clareza, quais orientações devem seguir para a retomada dos seus negócios”, ressaltou.
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, reconheceu o esforço do Sebrae para apoiar os donos dos pequenos negócios durante a pandemia. “Esse trabalho do Sebrae tem o potencial de ajudar milhões de micro e pequenas empresas, com a capilaridade da instituição, com conhecimento sólido e técnico, para que também não se multipliquem milhares de protocolos pelo país”, explicou.
Para o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, além de um conteúdo construído com base em orientações técnicas, os protocolos de retomada também contribuem para que toda a sociedade possa reconhecer os pequenos negócios que estão comprometidos com a segurança e saúde da população. “A palavra-chave é cuidado. Mais do que orientação, nós estamos buscando instrumentalizar as empresas de como implementar as medidas recomendadas e também possibilitar que os clientes conheçam os protocolos para verificar e reconhecer a pequena empresa que tem o cuidado para a reabertura”, destacou. O diretor explicou que as micro e pequenas empresas, com orientação do Sebrae, vão disponibilizar um QR Code para os clientes, que possibilitará a checagem das medidas implementadas nos estabelecimentos.
Cuidado com o cliente
No Distrito Federal, a empresária do ramo do Varejo de Moda, Edilene Nunes, retomou as atividades com cuidados redobrados, no último dia 18 de maio, após liberação do governo local para a reabertura do comércio. Antes de abrir as duas lojas que possui, foi realizada uma limpeza e higienização de todas as áreas, objetos e equipamentos. “Lavamos tudo com uma solução de água e água sanitária. Quando os clientes chegam nós convidamos todos a higienizarem as mãos com álcool em gel e verificamos a temperatura de todos. Com os provadores estão fechados, nós orientamos a pessoa da melhor maneira possível quanto aos tamanhos. Mesmo na quarentena, mantive os contatos com as clientes com as vendas online e agora, já orientamos com o apoio do Sebrae, que elas venham presencialmente comprar”, contou. Segundo Edilene, durante o período em que ficou com as portas fechadas, não precisou demitir as duas funcionárias que trabalham com ela e conseguiu manter seu negócio funcionando.
Crédito para os pequenos negócios
Durante a coletiva, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também destacou que uma outra preocupação do governo é oferecer acesso a crédito às micro e pequenas empresas. Segundo ele, com o processo de regulamentação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), já finalizado na semana passada, em breve os donos dos pequenos negócios terão acesso facilitado de crédito nas instituições financeiras. “Já repassamos os recursos por meio do Fundo Garantidor e agora estamos em contato diário com os bancos para que esse dinheiro seja liberado o mais breve possível. Para terem uma ideia, um produto bancário como esse demora em média de seis a oito meses para ser lançado, mas os bancos já estão fazendo as modificações necessárias em seus sistemas”, contou.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Eduardo Diogo, ressaltou o empenho do Sebrae para apoiar os empresários durante a crise e destacou os resultados positivos entre a parceria da instituição com a Caixa, por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). “Já alcançamos a marca de R$ 1 bilhão injetados na veia do caixa dos pequenos negócios, com a celebração de 12.682 contratos, gerando um valor médio de operação em torno de 78 mil”, destacou. (Assessoria Sebrae)