Para falar sobre a atuação do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC durante o período pandêmico, o assessor técnico da entidade, Egídio Garó, participou de live nesta segunda-feira, 29, promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na ocasião, foram discutidas as ações promovidas, em parceria com Governo do Estado, Sesc e Senac; além da situação do Covid-19 no Acre.
Garó relembrou que, infelizmente, o comércio de uma maneira geral está padecendo no Acre, como ocorre em qualquer lugar do País atualmente. Apesar disso, o assessor técnico reiterou que os decretos do Estado são, de certo modo, flexíveis, e permitem que alguma atividade comercial funcione, com suas restrições.
“Os serviços de uma maneira geral estão fechados, a não ser que tenham condição de trabalhar com delivery. Não há perspectiva de funcionamento. Eles [empresários do ramo de serviços] já têm o impacto da vigilância sanitária, que é muito intenso, e já praticam todos os elementos de biossegurança necessários. Não é o caso comércio, em que há o problema da aglomeração. Temos esse trabalho de orientar, lembrando que o empregador e o empresário são pessoas, que também podem se contaminar. Insistimos num isolamento social e trabalhamos numa abertura mais flexível”, refletiu Egídio.
De acordo com o assessor, o Acre tem ainda uma condição mais interessante, já que o comércio representa 80% da economia do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. “O Acre é pequeno, temos pouco mais de 800 mil habitantes. Produzimos pouco, embora a pecuária é forte e estejamos entrando agora com soja. Mas, essencialmente, tudo o que se vende e se negocia vem de fora”, disse.
Garó falou também sobre o índice de desemprego no período da pandemia. Segundo ele, de março até agora, o comércio no Estado perdeu algo em torno de R$ 520 milhões. “E isso impactou na receita do Estado. Além disso, a arrecadação do ICMS despencou em 59%. Mas o Acre foi um dos estados brasileiros que menos demitiu, segundo dados do Caged: fechamos aproximadamente 6,3 mil postos de trabalhos fecharam. Mesmo assim, são números preocupantes, e muitas empresas não estão em condições de se manter. A maioria das atividades comerciais são definidas por micro e pequenos empresários, que já não têm capacidade de gerar emprego”.
Egídio relembrou que há as linhas de crédito, que são importantes porque têm o aval do Governo Federal, mas relembrou que a crise no Acre já persiste há mais ou menos sete anos. “Por conta do isolamento ocorrido no Rio Madeira, por exemplo, e tivemos outros acidentes nesse naipe com o Rio Acre, o que acabou atrapalhando um pouco a situação local. Empresários não tinham como pagar seus funcionários ou quitar suas pendências financeiras, e quando há restrição, os bancos, nos seus critérios, não vão atender aos pedidos de linhas de crédito”.
A entrevista completa está disponível no instagram do Sistema CNC. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)