Com o objetivo de trazer ainda mais esclarecimentos ao empresariado, o Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC publica nesta quinta-feira, 18, artigo do mestrando em Administração de Negócios em Neuromarketing , Florida Christian University, Riccardo Sales. A ideia, neste primeiro momento, é comentar sobre as estratégias a serem tomadas pela categoria no momento de pandemia.
Sales afirma ser importante, primeiramente, contextualizar o cenário atual. Segundo ele, até o início de 2020, o mundo dos negócios vivia a trajetória natural, com dados positivos, até o surgimento do Covid-19 e a surpresa e reflexo da pandemia teria mudado completamente as relações comportamentais das pessoas e organizações, principalmente para minorar a disseminação do vírus.
“Mantiveram-se as atividades consideradas essenciais, tais como: as relacionadas à saúde, alimentação, abastecimento, segurança, instituições financeiras, dentre outras, para garantir o mínimo de serviços imprescindíveis à população. Quanto à suspensão das atividades consideradas não essenciais, o impacto foi direto na economia, gerando demissões principalmente nas micro e pequenas empresas, expondo suas dificuldades pela falta do fluxo de caixa, comprometendo a capacidade financeira para honrar os compromissos”, reflete Riccardo.
Neste ponto, Salles fala acerca das ações mitigadoras dos impactos socioeconômicos, que foram adotadas para manter a economia funcionando. “Houve a adoção do teletrabalho[…]; alteração na forma de contribuição do PIS/Pasep, para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) que incide sobre a receita das empresas; ampliação de lista de produtos com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com alíquota zero; disponibilização de R$ 55 bilhões pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs)[…]; instituição do auxílio emergencial de R$ 600,00 destinados a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, dentre outros”.
Segundo análise de Riccardo, a oferta de crédito em condições especiais servirá de apoio às empresas com deficiência de recursos, o que pode garantir a sobrevivência no mercado. “Em relação à ajuda emergencial, os valores poderão movimentar a economia, possibilitando a população a consumir itens básicos, principalmente quanto à alimentação. Caso sua empresa for do ramo de produtos de primeira necessidade, fique atento e se prepare para atender à demanda extra”, diz.
No artigo, o mestrando cita uma série de casos de sucesso no quesito criatividade. “mais e mais vendedores do segmento varejista passam a atuar por meio do teletrabalho (trabalho remoto/home office). Por meio de seus contatos de negócios estão focados em prestar um serviço de atendimento personalizado; observa-se que, com o crescimento das entregas delivery, no ramo alimentício, houve o surgimento de novas variedades de pratos a preços diferenciados; têm-se clínicas veterinárias readequando os serviços mediante o agendamento dos horários de forma mais pontual, melhorando o atendimento com dedicação exclusiva; salões de beleza aderiram à praticidade dos combos com descontos, e o cliente compra antecipadamente podendo utilizar quando os estabelecimentos reabrirem; o incremento das vendas online nas mídias sociais da internet tem merecido destaque, principalmente via aplicativos, seja de produtos ou serviços; em tais mídias, promoções e fretes competitivos aparecem a todo instante, assim ganham, os consumidores e as empresas”, complementa.
Segundo Riccardo, nota-se que a criatividade está fazendo a diferença para os empreendimentos. “E assim surgem novas possibilidades de vendas. Quem não tem experiência com mídias digitais, pode realizar cursos online para entender melhor as novas tecnologias e técnicas de divulgação”, finaliza.
O artigo completo estará disponível na próxima edição da Fecomércio em Revista, que voltará tão logo as atividades comecem a ser restabelecidas após o período de pandemia. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)