O assessor técnico do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, comentou nesta quinta-feira, 23, sobre os dados da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) relativas ao mês de junho e divulgadas na última terça-feira, 21. Segundo o especialista, conforme esperado, novamente houve queda nos indicadores, a pior desde o início das pesquisas em 2010, e atingindo retração de 4% no mês e acumulando –26,4% ao longo do primeiro semestre.
Segundo Garó, o estudo apontou que os consumidores não estão dispostos a gastos nesse momento por conta de fatores como: insegurança na manutenção do emprego; redução do consumo mensal por conta do fechamento das empresas e do isolamento social; e a redução da renda média mensal.
“Sobre o consumo, 62,6% das famílias afirma ter reduzido os gastos se comparado ao mesmo período do ano passado. Retraindo -6,8% ao longo de junho, a pesquisa demonstrou que as famílias evitam o consumo, notadamente os que dependem de crédito, devido às incertezas econômicas causadas pela pandemia. Na região Norte, a variação mensal foi de -3,6%, acumulando uma variação ao longo do ano de -26,2%”, explicou Egídio.
Os indicadores de emprego e renda apontariam ainda que que 33,8% dos brasileiros sentem-se inseguros com a manutenção do próprio emprego, o mesmo ocorrendo com a renda atual, cuja redução foi de -5,9% ao longo de junho, acumulando uma retração de -36% ao longo dos primeiros seis meses do ano.
“A Região Norte apresenta índices muito próximos do nacional, variando -33,5% na perspectiva profissional. Na renda atual, ao contrário, essa variação foi a segunda maior de todas as regiões do país, -39%, sendo a que mais retraiu foi a região centro-oeste, apresentando resultado negativo de -40,2%”, disse o assessor.
No Estado do Acre a intenção de consumo das famílias também retraiu em número semelhante. “Especificamente por conta da insegurança do emprego e pela redução da renda, mesmo com disponibilidade de crédito a juros menores, associado ao fechamento compulsório da grande maioria dos estabelecimentos comerciais e pela redução significativa da oferta, a exemplo dos bens duráveis”, finalizou. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)