Em sua fala na quarta-feira, 2, durante sessão on-line da Assembleia Legislativa (Aleac), o deputado Daniel Zen apontou uma sequência de abandonos no Acre. Ele explicou que está faltando água em diversos bairros de Rio Branco em pleno mês de setembro e em meio a pandemia, as queimadas estão descontroladas e o agronegócio não teve nenhum avanço.
Zen cobrou do governo medidas emergenciais para amenizar os efeitos do auto índice de queimadas e dos focos de calor irregulares no estado. “Tem sido preocupante em meio a pandemia, viver sem nenhuma ação preventiva das instituições responsáveis para coibir as queimadas ilícitas”, pontua. “É muita irresponsabilidade, muito discurso. Na propaganda, você diz que se jogar uma pedra no céu, ela chega na lua. Na realidade, as coisas estão difíceis”, acrescenta.
Na última segunda-feira, 31, o governo decretou estado de alerta ambiental por conta do aumento significativo do risco de incêndios e emissão de fumaça que acaba acarretando problemas respiratórios. De acordo com os dados da própria Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), na capital Rio Branco já foram registrados mais de seis mil casos de internações decorrentes de doenças respiratórias.
Outro ponto abordado, foi o possível sucateamento do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa). Daniel ressaltou que a falta de ações preventivas afeta a saúde e bem-estar do cidadão e alerta para possibilidade de privatização das instituições públicas. “Eu fico me perguntando, estão sucateando de propósito para depois justificar a privatização? O Depasa está mergulhado em uma grande crise de gestão, não seria de propósito?”.
Fechando a sequência de abandonos, o parlamentar criticou a falta de ações do governo para melhorar a produção da agricultura familiar, do agronegócio e dos extrativistas. “Disseram que o governo do agronegócio ia resolver todos os problemas. Cadê a assistência técnica da Emater [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural], cadê o acesso ao crédito facilitado? Cadê o apoio a mecanização, ou seja, não se preocupam com o meio ambiente, agricultura familiar, pequenos produtores, seringueiros, extrativistas e povos indígenas”. Zen ainda acrescentou que se não fossem os parlamentares, o subsídio da borracha não voltaria a ser pago pelo governo. (Assessoria)